5 dicas para começar a investir fora do país

Investir fora do Brasil não é apenas uma forma de diversificar os investimentos, mas também uma estratégia para mitigar riscos associados à economia local e aproveitar oportunidades em mercados mais maduros e dinâmicos. Ao expandir seus horizontes financeiros, você ganha acesso a ativos de alta qualidade, moedas fortes e setores que podem oferecer retornos atrativos.

Por que investir no exterior?

Investir internacionalmente é uma estratégia valiosa para proteger o patrimônio contra instabilidades locais e diversificar riscos. Além disso, oferece a oportunidade de investir em empresas líderes globais, como Apple, Microsoft e Amazon, bem como em setores emergentes, como tecnologia, saúde, energia limpa e inteligência artificial.

Segundo especialistas, a diversificação internacional também é uma forma de proteger o investidor da desvalorização do real em relação a moedas fortes, como o dólar e o euro. Assim, a exposição a economias globais mais estáveis e a mercados que crescem em ritmo acelerado pode aumentar as chances de retornos consistentes no longo prazo.

Como investir no exterior?

Investir no exterior já foi considerado um desafio exclusivo de grandes investidores, mas a tecnologia e a democratização do acesso ao mercado financeiro mudaram esse cenário. Hoje, existem diferentes maneiras de acessar mercados internacionais de forma prática e segura.

Corretoras internacionais

Corretoras globais permitem que investidores brasileiros negociem diretamente em bolsas como a de Nova York (NYSE), Nasdaq e Londres (LSE). Para isso, é necessário abrir uma conta, transferir fundos em moeda estrangeira e realizar operações diretamente na plataforma.

Corretoras brasileiras

Muitas corretoras nacionais oferecem produtos que replicam ativos estrangeiros, como:

• BDRs (Brazilian Depositary Receipts): certificados que representam ações de empresas globais negociados na B3;
• ETFs internacionais: fundos que replicam índices globais, como o S&P 500;
• Fundos multimercados: aplicações diversificadas que incluem ativos internacionais em suas carteiras.

Bancos digitais

Alguns bancos digitais oferecem contas globais que possibilitam investimentos em ativos estrangeiros com custos competitivos e operações simplificadas.

Remessas internacionais e investimentos diretos

Caso opte por investir diretamente em ativos internacionais, é necessário enviar dinheiro para o exterior. Essa operação pode ser realizada por bancos ou plataformas especializadas, como a Wise. Após a transferência, o valor pode ser usado para comprar ações, ETFs, REITs e outros ativos.

Essas opções permitem que investidores de diferentes perfis acessem o mercado global. A partir desse conhecimento, veja as dicas para começar a investir com segurança e estratégia.

Dica 1: escolha a corretora certa

Selecionar uma corretora confiável é o primeiro passo para investir fora do país. A escolha da plataforma correta garante não apenas acesso aos mercados globais, mas também segurança nas operações e suporte adequado.

Corretoras internacionais

• Interactive Brokers: uma das plataformas mais utilizadas por investidores ao redor do mundo, com acesso a dezenas de bolsas globais;
• Charles Schwab: popular entre investidores brasileiros por oferecer abertura de conta simplificada e uma ampla gama de ativos;
• eToro: ideal para iniciantes, permite negociar ações, ETFs e criptomoedas de forma intuitiva.

Corretoras nacionais

Muitas corretoras nacionais oferecem acesso a investimentos internacionais por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), ETFs e fundos internacionais. Exemplos incluem XP Investimentos e BTG Pactual. Essas plataformas facilitam o início do investidor brasileiro, eliminando barreiras como a necessidade de remessa de valores para o exterior.

Ao escolher sua corretora, avalie critérios como taxas de corretagem, plataformas de negociação, suporte ao cliente e confiabilidade.

Dica 2: entenda os ativos disponíveis

Os mercados internacionais oferecem uma gama muito maior de ativos em comparação ao mercado brasileiro. Isso permite aos investidores personalizar sua carteira conforme seus objetivos e perfis de risco.

Principais categorias de ativos

1. Ações globais: incluem empresas icônicas como Tesla, Alphabet (Google) e Johnson & Johnson;
2. ETFs internacionais: fundos de índice como o S&P 500 e o MSCI World oferecem diversificação com baixo custo;
3. Bonds (títulos de renda fixa): incluem títulos emitidos por governos e grandes corporações, que são menos voláteis e oferecem proteção contra riscos econômicos;
4. REITs (fundos imobiliários internacionais): oferecem exposição a ativos imobiliários globais, como prédios comerciais, shopping centers e hospitais;
5. Criptomoedas: embora não sejam regulamentadas como outros ativos, oferecem grande potencial de valorização.