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Prio (PRIO3): BTG projeta valorização de mais de 75% nas ações em 2025 e recomenda compra

Banco aponta que a companhia se beneficia de uma combinação de exposição ao dólar, custos operacionais baixos e uma política ativa de recompra de ações

Prio - PRIO3
Reprodução

As ações da Prio (PRIO3) registraram uma queda de 31% em 2024, mas o BTG Pactual destaca que o desempenho negativo está descolado dos fundamentos da empresa e projeta uma valorização de 76,7% em 2025.

Entre os principais fatores que contribuíram para essa desvalorização estão a queda de 3% nos preços do petróleo. Assim como o atrasos nas licenças ambientais devido à greve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o pessimismo generalizado no mercado de ações brasileiro, influenciado por preocupações fiscais e altos custos de capital.

Segundo o BTG Pactual, esses fatores afetaram o cronograma do campo de Wahoo, considerado um dos principais impulsionadores de crescimento da Prio.

O campo tem potencial para elevar a produção da companhia em aproximadamente 50% quando atingir plena capacidade.

Recomendação do BTG Pactual para Prio (PRIO3)

Apesar dessas adversidades, o BTG vê a Prio como uma oportunidade atrativa de investimento para 2025.

Isso porque, o banco aponta que a companhia se beneficia de uma combinação de exposição ao dólar.

Além dos custos operacionais baixos e uma política ativa de recompra de ações, que deve aumentar a geração de valor para os acionistas.

Além disso, a projeção de crescimento anual composto de 28% até 2027 em campos de petróleo offshore reforça a confiança na empresa.

Diante disso, o banco mantém a recomendação de compra para PRIO3, com preço-alvo de R$72,00, representando um potencial de valorização de 76,7%.

O banco acredita que, assim que as licenças pendentes forem concedidas e a produção em Wahoo for retomada, o mercado deverá precificar rapidamente os ganhos potenciais, impulsionando uma reclassificação positiva do valor das ações.

Desempenho da Prio em dezembro

A PRIO (PRIO3) registrou um aumento significativo em sua produção de petróleo em dezembro, ao atingir 106,3 mil barris por dia (kbpd), um crescimento de 38% em relação aos 76,9 kbpd de novembro.

Esse desempenho foi impulsionado pela consolidação de sua participação de 40% no campo de Peregrino, que contribuiu com 32,6 kbpd no mês.

No entanto, a produção excluindo Peregrino apresentou uma queda de 4% em relação ao mês anterior, afetada principalmente pelo desempenho abaixo do esperado do campo de Albacora Leste (ABL), que sofreu com a substituição de uma turbina e a manutenção no sistema de compressão de gás.

A XP Investimentos avaliou os resultados da PRIO como um grande aumento sequencial, mas marginalmente abaixo das expectativas.

A produção de dezembro ficou cerca de 2 kbpd abaixo da estimativa da XP, principalmente devido ao desempenho mais fraco de ABL. Porém, a casa destaca que a produção de Peregrino foi ligeiramente superior à previsão, com 37 kbpd, superando a estimativa de 36 kbpd.

Para os próximos meses, a XP projeta que a produção de ABL se normalize para cerca de 25 kbpd, o nível registrado em novembro, após a conclusão da manutenção.