O mercado financeiro internacional é cheio de oportunidades para quem deseja expandir sua carteira .Investir em ações fora do Brasilpossibilita o acesso a empresas globais, setores inovadores e moedas fortes, promovendo maior diversificação da carteira e proteção contra riscos locais.
Pensando nisso, separamos algumas dicas de como investir em ações fora do Brasil, com exemplos, falando dos benefícios, métodos disponíveis e os cuidados necessários para quem quer ingressar nesse universo.
Por que investir em ações fora do Brasil?
Em primeiro lugar, é importante entender que investir no exterior é uma decisão estratégica que pode trazer algumas vantagens.
Diversificação geográfica
A primeira delas é que você reduz sua exposição aos riscos associados à economia brasileira, como instabilidade política e crises econômicas. Essa diversificação permite equilibrar sua carteira e buscar retornos mais consistentes em diferentes mercados globais.
Empresas listadas em bolsas estrangeiras, como a Nasdaq e a Bolsa de Londres, representam setores e economias que muitas vezes são independentes da realidade local, ampliando suas opções de investimento.
Proteção cambial
Além disso, ao adquirir ativos denominados em moedas fortes, como o dólar ou o euro, você se protege contra a desvalorização do real. Esse é um dos atrativos mais importantes ao investir no exterior, principalmente para preservar o poder de compra e a rentabilidade ao longo do tempo.
Acesso a empresas líderes e setores promissores
Por fim, bolsas internacionais abrigam gigantes como Apple, Microsoft e Tesla, além de startups e empresas inovadoras em setores como tecnologia, saúde e energia limpa. Participar desses mercados pode ser um diferencial para investidores que buscam crescimento sustentável.
Como investir em ativos fora do Brasil?
Existem diferentes caminhos que facilitam o processo de investir fora do Brasil, mas o primeiro passo é sempre abrir conta em uma corretora internacional.
Empresas como Interactive Brokers ou Avenue prestam esse serviço e são as formas mais diretas de comprar ações de empresas globais.
E quando falamos de ativos, alguns se destacam:
BDRs (Brazilian Depositary Receipts)
Os BDRs são recibos de ações estrangeiras negociados na Bolsa de Valores do Brasil (B3). Eles são ativos arrojados, que permitem que você invista em empresas internacionais sem sair do mercado nacional.
Entre suas vantagens estão: a acessibilidade por meio de corretoras nacionais, custos operacionais menores comparados aos investimentos diretos no exterior e exposição internacional sem necessidade de enviar dinheiro para fora do país, o que simplifica todo o processo.
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Porém, é importante considerar algumas desvantagens: os BDRs geralmente têm menor liquidez comparado às ações originais, podem sofrer com a dupla variação cambial (na conversão e reconversão), e nem todas as empresas internacionais possuem BDRs disponíveis no mercado brasileiro, limitando as opções de investimento.
Fundos de investimento internacionais
Outra opção, para investidores moderados, são os fundos de investimento, como ETFs (Exchange-Traded Funds). Eles são administrados por gestores especializados e aplicam recursos em ativos globais.
A gestão profissional dos recursos, que elimina a necessidade de acompanhamento constante do mercado pelo investidor, a diversificação automática e a facilidade de acesso se destacam como os principais pontos positivos dos ETFs.
Por outro lado, taxas de administração altas, a menor flexibilidade na escolha específica dos ativos e a possibilidade de dupla incidência de custos são os pontos negativos.
Ações
Por fim, e como opção mais conhecida, as ações internacionais são uma opção popular para diversificação global.
Além de ser o método mais simples e direto, você tem acesso a empresas líderes globais com forte governança corporativa, a proteção contra a desvalorização do real através da exposição a diferentes moedas, e a diversificação setorial e geográfica que reduz riscos específicos.
Mesmo assim, elas possuem custos operacionais elevados (como taxas de corretagem internacional e câmbio), necessidade de maior conhecimento sobre mercados globais e regulamentações estrangeiras, além da diferença de fuso horário que, em alguns casos, pode afetar o acompanhamento das negociações.
Vale a pena investir em ativos fora do Brasil?
Investir fora do Brasil é uma excelente estratégia para diversificar sua carteira e proteger seu patrimônio contra riscos locais. A exposição a diferentes mercados, moedas e setores pode proporcionar oportunidades de crescimento significativas e maior estabilidade no longo prazo.
Além disso, ter ativos internacionais permite aproveitar o crescimento de empresas inovadoras e setores que podem não estar disponíveis no mercado brasileiro.
No entanto, é fundamental manter um equilíbrio em sua estratégia de investimentos. Antes de considerar investimentos internacionais, é essencial estabelecer uma reserva de emergência sólida em reais, que cubra de 6 a 12 meses de despesas.
Depois disso, manter uma parcela significativa em ativos nacionais também é importante, pois você tem suas despesas em reais e conhece melhor o mercado local.
A chave está no equilíbrio: combine investimentos nacionais e internacionais de acordo com seu perfil de risco e objetivos financeiros, mas sempre mantendo sua reserva de emergência como prioridade.
Ipê Investimentos
A Ipê Investimentos, fundada em 2008, é uma assessoria que atua com a Necton Investimentos, parte do Grupo BTG Pactual. Com profissionais experientes há mais de 30 anos no mercado, oferece suporte personalizado para organizar investimentos e atingir objetivos financeiros com eficiência e segurança.
