Em uma análise publicada nesta segunda-feira, 13 de janeiro, o jornalista Thomas Traumann questionou as possíveis intenções expansionistas do presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, que, após ter ameaçado ações em locais como o Canal do Panamá, a Groenlândia e o Canadá, poderia agora voltar sua atenção para a América do Sul, inclusive a Amazônia brasileira.
Trump faria ameaças à América do Sul?
Em seu artigo para a revista Veja, Traumann levanta a inquietante possibilidade de que o novo governo dos Estados Unidos, na liderança de Donald Trump, possa direcionar suas ameaças a países da América do Sul, região que tem sido considerada estratégica para o futuro da política externa americana.
O jornalista cita as atitudes passadas de Trump, como a intenção de tomar o Canal do Panamá, a Groenlândia e até o Canadá, e sugere que o presidente eleito pode agora mirar a região amazônica.
“Trump poderia anunciar uma intervenção na Amazônia brasileira?“, indaga Traumann, que refere-se a uma região de alta importância ambiental e geopolítica que poderia estar na mira da política expansionista de Washington.
O autor menciona que, após os episódios anteriores, “Washington conta com muito mais musculatura” para levar a cabo suas ações em áreas estratégicas.
Elon Musk influencia o segundo governo de Donald Trump
Traumann aborda a crescente influência de Elon Musk, o bilionário de extrema-direita e dono da plataforma X, que foi nomeado para um cargo semioficial no futuro governo de Donald Trump.
Musk, que assume a liderança do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), tem se mostrado um aliado importante de Donald Trump e sua abordagem de políticas agressivas.
“Musk agora tem musculatura para uma vingança épica“, escreve Traumann, e sugere que o bilionário pode desempenhar um papel crucial em influenciar decisões estratégicas que afetam tanto os Estados Unidos quanto suas relações com países em outras regiões do mundo.
A designação de Musk para o DOGE reflete a crescente presença de indivíduos do setor privado nas questões políticas e governamentais nos Estados Unidos.
Com que olhos Trump observa a América Latina?
A análise de Traumann também chama atenção para a relação de Trump com a América Latina, especialmente no que diz respeito aos esforços de afastar a região da crescente influência da China.
O autor argumenta que a América do Sul poderia ser vista como uma área estratégica na qual os Estados Unidos poderiam intensificar sua presença para contrabalançar o poder crescente de Pequim.
Além disso, Traumann faz uma observação sobre o cenário político canadense, e destaca a resposta de Pierre Poilievre, principal opositor do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
Poilievre, que tem se inspirado politicamente no estilo de liderança de Donald Trump, poderia adotar posturas similares em relação à política externa de seu País.
A última eleição presidencial nos Estados Unidos
A eleição presidencial dos Estados Unidos, realizada em 5 de novembro de 2024, culminou com a vitória do republicano Donald Trump, que já havia ocupado a Casa Branca entre 2017 e 2021.
Trump derrotou a ex-candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris, que reconheceu sua derrota nas urnas.
O Colégio Eleitoral se reuniu em 17 de dezembro de 2024 para formalizar a vitória de Donald Trump.
O republicano obtém 312 votos, e superou os 270 necessários para garantir sua vitória, enquanto Harris pontuou 226 votos no sistema.
Donald Trump foi oficialmente certificado como o próximo presidente dos Estados Unidos pelo Congresso em 6 de janeiro de 2025.
A cerimônia de posse, tradicionalmente realizada na frente do Capitólio em Washington, D.C., está agendada para o dia 20 de janeiro de 2025, e marca o início de seu segundo mandato presidencial.