Educação Financeira

Confira os 5 melhores ativos de renda variável para iniciantes

Conheça as opções mais seguras para começar a investir no mercado de renda variável

Melhores ativos de renda variável para iniciantes
Conheça as principais opções de investimento em renda variável para quem está começando, desde ações blue chips até ETFs, com dicas para montar uma carteira diversificada | Freepik

O início da jornada no mundo dos investimentos costuma ser marcado pela segurança da renda fixa. No entanto, à medida que o investidor adquire experiência e busca melhores retornos financeiros, surge o interesse pela renda variável, que oferece possibilidades de ganhos superiores a longo prazo.

A renda variável se apresenta como uma evolução natural para quem já possui uma base sólida em investimentos mais conservadores. Bem como a renda fixa oferece segurança, o mercado variável abre portas para diversificar a carteira e alcançar objetivos financeiros mais ambiciosos.

Para quem já tem experiência com a renda fixa, o momento de explorar o mercado variável pode parecer desafiador. No entanto, com as escolhas certas e uma estratégia bem definida, é possível dar os primeiros passos com segurança neste universo.

A fim de construir uma carteira equilibrada, a diversificação se torna essencial. Além disso, o acompanhamento constante do mercado permite ajustar as estratégias conforme necessário. Por isso, é fundamental conhecer as diferentes opções disponíveis.

Confira cinco ativos de renda variável para investidores iniciantes:

Ações Blue Chips

Esse nome pode assustar para quem o vê pela primeira vez, mas são ações de empresas tradicionais e onsolidadas no mercado, com alto valor de mercado e histórico consistente de resultados. Estas companhias costumam liderar seus setores e apresentam menor volatilidade em comparação a empresas menores.

No cenário nacional, por exemplo, empresas como Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) se enquadram nesta categoria. Estas organizações possuem modelos de negócio sólidos e costumam distribuir dividendos de forma regular aos seus acionistas.

No mercado internacional, apesar de ter um processo um pouco mais complicado, empresas como Microsoft (MSFT34), Apple (AAPL34), Johnson & Johnson (JNJB34) e Coca-Cola (COCA34) são exemplos clássicos de Blue Chips. 

Estas companhias têm décadas de história, dominam seus respectivos setores e mantêm um histórico sólido de pagamento de dividendos aos acionistas.

O investimento em Blue Chips oferece mais segurança para quem inicia no mercado de ações. Isto ocorre porque estas empresas têm menor probabilidade de enfrentar problemas financeiros graves ou falência.

A liquidez é outro ponto forte destes papéis, ou seja, existe facilidade para comprar e vender as ações a qualquer momento, sem impactar significativamente seu preço no mercado.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Em segundo lugar, os Fundos de Investimento Imobiliário, também conhecidos como FIIs, permitem ao investidor participar do mercado imobiliário sem precisar comprar um imóvel físico. Esses fundos aplicam recursos em diferentes tipos de imóveis, como escritórios, galpões e shoppings.

Uma das principais vantagens dos FIIs é a possibilidade de começar com valores menores, já que as cotas são negociadas na bolsa de valores. Assim, o investidor pode construir uma carteira diversificada mesmo com um capital inicial modesto.

Os FIIs distribuem mensalmente aos cotistas o lucro obtido com aluguéis e outras operações. Esta característica os torna atrativos para quem busca renda passiva regular, similar aos aluguéis tradicionais.

A gestão profissional destes fundos também representa um benefício importante. Os gestores se responsabilizam pela seleção dos imóveis, manutenção e relacionamento com inquilinos, simplificando a vida do investidor.

ETFs (Fundos de Índice)

Em terceiro lugar, os ETFs, sigla em inglês para Exchange-Traded Funds, ou Fundos de Índice em português, são fundos que reproduzem o desempenho de um índice específico, como o Ibovespa.

A principal vantagem dos ETFs está na diversificação automática. Ao investir em um ETF do Ibovespa, por exemplo, o investidor passa a ter exposição às principais empresas listadas na bolsa brasileira de uma só vez.

Os custos reduzidos são outro diferencial destes fundos. Como a gestão é passiva, ou seja, apenas replica um índice, as taxas de administração costumam ser menores em comparação a fundos tradicionais.

Para iniciantes, os ETFs se mostram como uma excelente porta de entrada no mercado de renda variável. Eles permitem exposição ao mercado de forma diversificada e com custos acessíveis.

BDRs (Recibos de Depósito Brasileiro)

Além disso, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são títulos que representam ações de empresas estrangeiras negociadas na bolsa brasileira. Por meio deles, é possível investir em Blue Chips internacionais.

Esta modalidade de investimento permite ao investidor brasileiro diversificar sua carteira com exposição a mercados internacionais, sem a necessidade de abrir conta em corretoras estrangeiras ou se preocupar com a declaração de investimentos no exterior.

Os BDRs também oferecem proteção cambial natural, já que seus preços são influenciados pela variação do dólar. Isto significa que, em momentos de alta da moeda americana, o investimento tende a se valorizar em reais.

A negociação ocorre em reais e segue os mesmos horários e regras do mercado brasileiro, o que facilita o acesso e acompanhamento por parte dos investidores locais.

Criptomoedas

Por fim, as criptomoedas representam uma classe de ativos digitais que ganhou destaque nos últimos anos. Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) são os exemplos mais conhecidos, mas existem milhares de outras moedas digitais no mercado.

As stablecoins, como a USDT (Tether) e USDC (USD Coin), por exemplo, são criptomoedas que buscam manter paridade com o dólar americano. Elas funcionam como uma ponte entre o mercado tradicional e o cripto, oferecendo maior estabilidade em comparação com outras criptomoedas.

É importante ressaltar que o mercado de criptomoedas apresenta alta volatilidade, com variações bruscas de preço que podem resultar em ganhos ou perdas significativas em curtos períodos. 

Investidores iniciantes devem manter distância de memecoins (moedas criadas a partir de memes) e altcoins (criptomoedas alternativas) que prometem retornos extraordinários em pouco tempo.

A abordagem mais prudente é começar gradualmente, estudando o mercado e entendendo os fundamentos das principais criptomoedas antes de fazer qualquer investimento. Não só com as criptomoedas, mas em toda a sua carteira.

É essencial diversificar seu patrimônio. Uma carteira de investimentos bem estruturada deve conter uma combinação equilibrada de diferentes classes de ativos, incluindo renda fixa, variável e investimentos alternativos

Esta estratégia, conhecida como diversificação global, ajuda a reduzir riscos e potencializar retornos no longo prazo, criando uma base sólida para alcançar objetivos financeiros de forma consistente e segura.