Quedas no setor

Petróleo fecha em queda com posse de Trump e nova estratégia energética

WTI recua 1,24%, e Brent cai 0,79% após discurso de posse de Donald Trump e promessas de reforçar a produção de petróleo

Petróleo fecha em queda com posse de Trump e nova estratégia energética
Reprodução

Os contratos futuros de petróleo encerraram esta segunda-feira (20) em queda, influenciados pela posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.  

Apesar do feriado de Martin Luther King que manteve os mercados de Nova York fechados, os investidores acompanharam de perto os sinais de mudanças que podem impactar diretamente o mercado global de combustíveis fósseis. 

Políticas de energia de Trump 

Trump declarou emergência nacional para aumentar a produção de energia, reverter medidas ambientais da gestão Biden e retirar os EUA do Acordo de Paris.  

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Em seu discurso de posse, ele reafirmou a intenção de completar a reserva estratégica de petróleo e simplificar os processos de concessão de licenças, além de revisar regulações que, de acordo com ele, prejudicam a produção.  

Ele ainda afirmou: “diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”.  

“E vamos pôr fim a acordos verdes. Vamos revogar as obrigações sobre veículos elétricos, salvando nossa indústria automotiva e mantendo compromisso com nossas montadoras”, destacou.  

Em um tom animado, o presidente disse: “Vamos perfurar, baby, perfurar.”  

Impacto no mercado global de petróleo

Além disso, a redução das tensões no Oriente Médio, com o cessar-fogo firmado entre Israel e Hamas no domingo (19), trouxe um certo alívio no setor.

No pregão eletrônico da Nymex, os contratos futuros do petróleo WTI, com entrega em março, caíram 1,24%, negociados a US$ 76,43 por barril.  

Ao mesmo tempo, o Brent recuou 0,79%, sendo cotado a US$ 80,15 por barril no mesmo período. 

De acordo com a analista do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya,  explicou que o recente aumento de 20% nos preços do petróleo desde dezembro enfrenta forte resistência ao ultrapassar o nível de US$ 80 por barril.  

Segundo ela, as novas diretrizes de Trump podem moldar um mercado mais volátil, mesmo com uma leve desaceleração nas tensões globais.