Em apenas um mês, de dezembro de 2024 a janeiro de 2025, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou 325.475 cadastros no Bolsa Família.
Embora os cortes tenham predominado, 425 municípios registraram um aumento no número de famílias beneficiadas, com pelo menos uma nova inclusão em relação aos dados do fim do ano passado.
Os cortes afetaram 5.021 municípios, o equivalente a 90% de todas as cidades brasileiras.
Corte de beneficiários no Bolsa Família
Assim, o número total de famílias inscritas no Bolsa Família caiu de 20,8 milhões em dezembro de 2024 para 20,5 milhões em janeiro de 2025.
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Além disso, o gasto mensal com o programa também sofreu uma redução e saiu de R$ 14,1 bilhões no fim do ano passado para R$ 13,8 bilhões em janeiro de 2025.
Objetivo dos cortes
O Ministério do Desenvolvimento Social explicou ao Poder360 que busca garantir que os benefícios atendam apenas quem realmente cumpre os critérios de elegibilidade, e não reduzir despesas com os cortes.
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De acordo com a pasta, há uma contínua “averiguação cadastral” para evitar fraudes e assegurar a focalização correta dos recursos.
Mas, desde o início do mandato de Lula, o governo cortou 1,1 milhão de famílias do programa em janeiro, mesmo com novas inclusões.
“Nos anos de 2023 e 2024, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) tem atuado na qualificação dos registros do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único), para avaliar situações de inconsistência de renda, composição familiar e registros divergentes e registros desatualizados”, afirmou a nota do Ministério.
Impacto econômico sobre o Bolsa Família
Apesar de cortes, o número atual de inscritos do Bolsa Família ainda é muito superior ao registrado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente intensificou a inclusão de famílias às vésperas das eleições de 2019 e pós-pandemia.
O Ministério da Fazenda procura economizar cerca de R$ 2 bilhões por ano com o Bolsa Família em 2025 e 2026. O valor é baseado nas metas estabelecidas para o equilíbrio das contas públicas.
Com os cortes realizados no início de 2025, a economia prevista deve ser alcançada com folga, desde que novas inclusões não sejam feitas.
