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IBOVESPA HOJE - Fluxo cambial, Lagarde em Davos e tarifas de Trump são destaques nesta quarta-feira (22)

Na última terça-feira (21), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, fechou em alta de +0,39% aos 123.338,34 pontos

Ibovespa hoje
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ATUALIZAÇÕES DAS MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • – 10:09: Ibovespa: +0,31%, aos 123.722,70 pontos.

Na sessão anterior…

Na última terça-feira (21), o Ibovespa (IBOV), principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, fechou em alta de +0,39% aos 123.338,34 pontos.

O mercado doméstico foi influenciado tanto por fatores internacionais quanto por dinâmicas específicas de empresas brasileiras. A expectativa pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) na próxima sexta-feira (24) mantém os investidores em compasso de espera, enquanto o cenário global traz incertezas.

O retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos (EUA) reacendeu discussões sobre tarifas de importação e políticas protecionistas sob o lema “America First”.

Embora a falta de detalhes sobre essas medidas tenha gerado cautela, a reação positiva em Wall Street, com altas expressivas nos índices, trouxe algum alívio ao mercado brasileiro.

O desempenho das commodities também impacta. No último pregão, a queda no preço do petróleo pressionou as ações da Petrobras (PETR3)(PETR4). Já a Vale (VALE3) registrou a segunda queda consecutiva, ao recuar 0,50%, mesmo com a alta do minério de ferro na China.

Brasil

Nesta segunda-feira (22), a agenda doméstica está fraca, com fluxo cambial da semana como o principal indicador.

Do lado de eventos econômicos, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA) participa do programa de rádio ‘Bom dia, ministro’, da EBC.

Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de evento de assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG.

Pacote fiscal

O Ministério da Fazenda estima que o pacote fiscal economizará R$ 29,4 bilhões no orçamento de 2025, ao detalhar pela primeira vez os efeitos anualizados das medidas.

Em 2026, o impacto total estimado é de R$ 40,3 bilhões, somando R$ 69,8 bilhões entre os dois anos, segundo projeções atualizadas pela tabela da Pasta.

Os ajustes nas emendas parlamentares terão o maior impacto: economia de R$ 6,7 bilhões em 2025 e R$ 7,7 bilhões em 2026.

Mudanças no Fundeb gerarão uma folga de R$ 4,8 bilhões em 2025, subindo para R$ 5,5 bilhões no ano seguinte, ampliando os recursos disponíveis.

A nova regra do salário mínimo poupará R$ 3,8 bilhões este ano e R$ 11,4 bilhões em 2026, segundo o cálculo mais recente divulgado.

Por fim, ajustes no Bolsa Família deverão render economia de R$ 1,6 bilhão em 2025 e R$ 2,4 bilhões no próximo ano, contribuindo para o equilíbrio fiscal.

Reajuste na Petrobras

Em Davos, na Suíça, o ministro Alexandre Silveira (PSD-MG) afirmou que a Petrobras tem total autonomia para definir preços, decisão exclusiva da diretoria, sem interferência do conselho.

Ele destacou que o conselho atua em decisões estratégicas de investimento, onde o governo pode direcionar iniciativas, mas não sobre preços de combustíveis.

A declaração responde a rumores de pressão governamental para evitar aumentos nos combustíveis que poderiam elevar a inflação.

Silveira também criticou a falta de comunicação entre o governo e o mercado sobre as contas públicas, mas reforçou o compromisso com o combate ao déficit.

EUA

Nesta quarta-feira (22), a agenda de indicadores e eventos está esvaziada.

Nesse sentido, as atenções do mercado norte-americano seguem sobre o desenrolar do novo governo de Donald Trump.

Tarifas de Trump

A expectativa de tarifas mais brandas de Trump, como os 10% para a China, anima os mercados, já que é menos agressiva que os 60% ameaçados anteriormente.

Apesar de não ser uma decisão final, a proposta sinaliza moderação e melhora nas relações EUA-China, especialmente após uma conversa amigável com Xi Jinping, favorecendo emergentes como o Brasil.

Trump mantém retórica dura com a União Europeia, considerando tarifas devido a desequilíbrios comerciais, mas evita ações que intensifiquem uma guerra comercial, priorizando negociações estratégicas.

Apesar disso, as ameaças de tarifas a México e Canadá visam pressionar pela revisão antecipada do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), especialmente em regras automotivas, buscando trazer fábricas de volta aos EUA.

Comércio com México e Canadá supera o da China, mas incertezas persistem sobre as intenções de Trump, gerando volatilidade e lembrando a guerra comercial de 2018-19.

A compra do TikTok

Donald Trump disse estar aberto à possibilidade de o bilionário Elon Musk ou o presidente da Oracle, Larry Ellison, adquirirem a plataforma de vídeos como parte de uma joint venture com o governo dos EUA.

Europa

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), participa de conversa em Davos.