O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (26) que fará reuniões com atacadistas, donos de supermercados e produtores de alimentos para discutir estratégias para reduzir os preços dos alimentos no Brasil.
A declaração foi feita em um vídeo gravado e publicado pela primeira-dama, Janja da Silva, enquanto o presidente caminhava pela horta da Granja do Torto, uma das residências oficiais em Brasília (DF).
“No Brasil, o aumento da demanda, junto com fatores como a alta do dólar e questões climáticas, tem elevado o preço dos alimentos. Vamos trabalhar para garantir que a comida chegue mais barata, de acordo com o poder de compra das pessoas”, declarou Lula no vídeo.
Busca por soluções sem tabelamento de preços dos alimentos
Na última sexta-feira (24), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, descartou a possibilidade de tabelamento de preços como medida para forçar a redução dos valores dos alimentos.
A alta nos preços dos alimentos foi uma das principais responsáveis pelo aumento da inflação em 2024, que fechou o ano em 4,83%, superando a meta estabelecida pela equipe econômica do governo.
Lula defendeu que o diálogo com diferentes atores da cadeia de produção e distribuição é essencial para encontrar soluções.
“Vamos discutir com todos os envolvidos, desde o produtor até os donos de supermercados, para que possamos criar condições para que os preços sejam mais acessíveis para a população”, reforçou o presidente.
Cenário econômico e impacto nos alimentos
O aumento dos preços dos alimentos no Brasil tem sido atribuído a uma combinação de fatores:
- Demanda crescente: a recuperação econômica e o aumento do consumo pressionam os preços.
- Alta do dólar: impacta os custos de produção e encarece insumos importados.
- Questões climáticas: afetam a produção agrícola, reduzindo a oferta de alimentos em períodos de adversidade.