Mudanças no governo

Lula prepara nova reforma ministerial e pode nomear Gleisi Hoffmann

Em processo de diálogo com o 'centrão', Lula planeja reforma ministerial e Gleisi Hoffmann é cotada para a Secretaria-Geral da Presidência

Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preparando novas mudanças em seu governo. Lula dará continuidade a reforma ministerial iniciado com a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social.  

Entre os ajustes previstos, a Secretaria-Geral da Presidência deve ser um dos focos de mudança. Um dos nomes mais cotados para assumir o cargo é o da deputada Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT.  

Nos bastidores, acredita-se que sua nomeação ajudaria a resolver a sucessão na liderança do partido e fortaleceria a relação entre o governo e a base petista. 

Procurada, Hoffmann confirmou que Lula pretende iniciar as alterações entre ministros do PT, mas disse não ter recebido convite formal para integrar o governo.

Apesar disso, afirmou estar à disposição para ajudar no que for necessário. 

Reforma ministerial e impacto no PT 

A reforma ministerial pode impactar diretamente o partido do presidente.

Caso Gleisi Hoffmann seja confirmada como ministra, o PT precisará de um presidente interino até julho, quando ocorrem as eleições internas da legenda.  

José Guimarães (CE), atual líder do governo na Câmara, e Humberto Costa (PE), cotado para ocupar a segunda vice-presidência do Senado, estão cotados para assumir a função temporariamente.  

A decisão dependerá do aval de Lula. 

O movimento também fortalece um dos planos do presidente: aproximar o PT do centro político.

A expectativa é que, após as eleições internas, o ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro Edinho Silva assuma a presidência do partido.  

A estratégia busca ampliar a influência de Fernando Haddad e consolidá-lo como um dos principais nomes petistas para eleições de 2026. 

Apesar de contar com 11 ministros do PT, o governo pode redistribuir algumas pastas para acomodar aliados do Centrão.

Mudanças dos ministros  

A reforma ministerial no primeiro escalão vem sendo debatida dentro do governo e pressionada por aliados, que querem um ajuste na articulação política para garantir maior estabilidade até o fim do mandato.  

Setores do PT consideram insatisfatória a atuação de Márcio Macêdo, atual titular da Secretaria-Geral, o que impulsiona a mudança.

Nos bastidores, há também pressão para que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), passe pela reforma ministerial. Wellington Dias comanda a pasta, mas há planos para entregá-la a outro partido.

O PSD teria interesse na pasta, mas Lula tem sinalizado que pretende mantê-la sob controle petista.

A permanência de Dias no ministério é considerada estratégica, já que a gestão dos programas sociais será um dos pilares da campanha do governo em 2026.