O pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encabeçado por parlamentares do Partido Liberal (PL), somou mais de 130 assinaturas na última segunda-feira (5).
Apesar do apoio majoritário de deputados do partido ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o movimento ainda recebeu suporte de outras legendas como União Brasil, PSD, PP, MDB e Republicanos.
Por que Lula está sofrendo processo de impeachment?
O motivo da acusação que sustenta o pedido de impeachment gira em torno de uma alegada “pedalada fiscal” praticada pelo governo federal.
A acusação refere-se ao bloqueio de aproximadamente R$ 6 bilhões no programa Pé-de-Meia, uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que o governo tenta reverter.
De acordo com os parlamentares que assinam o pedido, a reserva de recursos no programa seria uma forma de manipular as contas públicas.
Assim, adiaria pagamentos de dívidas para anos seguintes e prejudicaria o equilíbrio fiscal.
Além disso, essa prática foi a base para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.
Apoio ao pedido
A maioria das assinaturas vem de parlamentares do PL. Mas também há adesão de membros de outras legendas, como PSDB, Podemos, PRD, Cidadania, Novo, e até bancadas como a evangélica e do agronegócio.
Entre os parlamentares que votaram a favor do impeachment do presidente Lula estão Kim Kataguiri (UNIÃO), Nikolas Ferreira (PL) e Pr. Marco Feliciano (PL).
Lula sofrerá impeachment?
Embora a adesão ao pedido tenha aumentado, a abertura formal do processo depende do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), que assumiu a presidência da Casa em 1º de fevereiro.
Apesar disso, o deputado Rodolfo Nogueira, um dos líderes do movimento, acredita que a crescente adesão entre os parlamentares fortalece a mobilização.
Cenário político
Mesmo com o acúmulo de mais de 130 assinaturas no pedido de impeachment de Lula, o presidente ainda parece bem-visto pela população.
De acordo com a pesquisa Quaest da última segunda-feira (3), Lula segue como preferido na disputa presidencial de 2026.
O presidente ganharia no segundo turno contra o cantor Gusttavo Lima, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-coach Pablo Marçal (PRTB), Ciro Gomes (PDT), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (UNIÃO).