Inteligência artificial

Boom de demanda: DeepSeek suspende recarga da API temporariamente

Startup chinesa de IA, DeepSeek, enfrenta dificuldades operacionais e restrições regulatórias após sucesso do chatbot

Boom de demanda: DeepSeek suspende recarga da API temporariamente

O sonho virou um pesadelo? A DeepSeek, startup chinesa de inteligência artificial, anunciou restrições ao acesso à sua interface de programação de aplicativos (API). 

A decisão ocorre devido à escassez de capacidade dos servidores, diante do crescimento da demanda após o boom do aplicativo na última semana, de acordo com a Bloomberg.

Em comunicado oficial publicado em seu site, a empresa informou que desativou temporariamente a opção de recarga de créditos da API. O objetivo é evitar maiores impactos nos serviços.  

No entanto, a DeepSeek garantiu que os valores já armazenados pelos clientes permanecerão utilizáveis. “O valor da recarga existente pode continuar a ser usado, por favor, entendam!”, destacou a startup na nota. 

Crescimento e desafios operacionais 

Desde o final de janeiro, o sucesso do novo chatbot de inteligência artificial da DeepSeek tem sobrecarregado seus serviços. A ferramenta, desenvolvida a um custo inferior ao dos concorrentes, prometeu rivalizar com o ChatGPT da OpenAI.  

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O interesse global impulsionou a procura pelo serviço, superando as expectativas da empresa. 

Como resultado, a DeepSeek impactou o mercado financeiro. Isso levou a flutuações nas ações de grandes empresas de tecnologia, como a Nvidia (NVDC34). 

Para controlar a alta demanda, a startup já havia restringido as inscrições de novos usuários, permitindo apenas cadastros de pessoas com números de telefone da China continental. 

Investigações contra a DeepSeek 

O aplicativo de inteligência artificial DeepSeek foi removido das lojas da Apple e do Google na Itália no final de janeiro. A decisão aconteceu um dia depois de a autoridade de proteção de dados do país solicitar esclarecimentos sobre o uso de informações pessoais pela empresa. 

Assim, empresa tinha um prazo de 20 dias para responder aos questionamentos do governo italiano.  

Por outro lado, as autoridades norte-americanas investigam se a startup chinesa adquiriu semicondutores da Nvidia por meio de terceiros em Cingapura.