Mercado de trabalho

Pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA superam previsões e atingem 219 mil

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA sobem, mas continuam em níveis moderados e impacta decisões do Federal Reserve

Danne de Pexels
Danne de Pexels

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos registraram um aumento na semana encerrada em 1º de fevereiro e totalizaram 219 mil solicitações, de acordo com o Departamento do Trabalho.  

Esse número superou as previsões dos analistas, que esperavam uma estabilidade ou leve queda. Apesar do aumento, o indicador continua dentro de níveis moderados.  

Dados revisados e nova média móvel 

O Departamento do Trabalho também revisou os números da semana anterior, ajustando-os de 207 mil para 208 mil.  

A média móvel de quatro semanas, que visa suavizar as flutuações semanais, subiu para 216.750. Assim, há um aumento de 4 mil solicitações em relação à semana passada. 

Aumento no número de beneficiários de auxílio-desemprego nos Estados Unidos 

Além dos pedidos iniciais, o número de pessoas que continuam recebendo o benefício também registrou alta.

Na semana encerrada em 25 de janeiro, o total de beneficiários chegou a 1,89 milhão, um aumento de 36 mil em comparação com a semana anterior. 

A taxa de desemprego entre os segurados se manteve estável em 1,2%, o que sugere que o aumento no número de beneficiários não está relacionado a uma alta generalizada de desemprego, mas sim a um fluxo contínuo de novos pedidos. 

Entre os estados com as maiores taxas de pessoas recebendo seguro-desemprego, Nova Jersey se destacou, com uma taxa de 2,9%. Logo depois vem Rhode Island (2,8%), Minnesota (2,5%) e Illinois (2,4%).  

Os maiores aumentos nos pedidos foram observados em Washington, Iowa e Wisconsin. Por outro lado, Califórnia, Michigan e Missouri apresentaram quedas nas solicitações. 

Perspectivas para a economia e o Federal Reserve 

O aumento nos pedidos de auxílio-desemprego será acompanhado de perto pelas autoridades monetárias dos EUA, especialmente pelo Federal Reserve (Fed).

Esses dados têm um impacto direto nas decisões do banco central sobre taxas de juros e políticas de estímulo econômico.  

Em janeiro, o Fed manteve a taxa de juros nos EUA entre 4,25% e 4,50% ao ano. Além disso, o banco enfatizou uma percepção de riscos “praticamente equilibrados” para as metas de emprego e inflação.