Câmbio

DÓLAR HOJE - Troca de insultos entre Trump e Zelensky, eleições parlamentares na Alemanha e Orçamento no Brasil influenciam o câmbio

Moeda inicia o dia em leve queda e atinge cotação de R$ 5,715 na abertura

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 9:02: Dólar comercial (compra): -0,25%, cotado a R$ 5,715.

No último pregão…

Na última sexta-feira (21), o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,46%, cotado a R$ 5,730.

O que influencia o dólar?

A incerteza sobre as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, e a falta de avanços nas negociações da guerra na Ucrânia criam um ambiente de cautela e impactam o dólar.

A troca de insultos entre o republicano e Volodymyr Zelensky reforça o pessimismo, enquanto o mercado de câmbio avalia os impactos do corte de 5.400 empregos no País.

Na Europa, o resultado das eleições parlamentares na Alemanha adiciona novos elementos de incerteza.

A vitória da oposição conservadora e o avanço da extrema-direita podem impactar a estabilidade econômica da região, afetar o euro e, consequentemente, o fluxo global de moedas, inclusive o dólar.

Já no Brasil, a falta de aprovação do Orçamento e a necessidade de um crédito extraordinário para o Plano Safra adicionam risco fiscal.

Embora o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirme que vai respeitar o arcabouço, a percepção de aumento nos gastos pode pressionar o real.

Brasil

Nesta segunda-feira (24), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar em 2025, 2026, 2027 e 2028.

Além disso, investidores monitoram a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em cerimônia no Rio Grande do Sul (RS) para impulsionar a indústria naval, às 11:00, assim como a participação de Fernando Haddad (PT-SP), ministro da Fazenda, em evento na B3 sobre PPPs e concessões, às 14:00.

Balanços

Nesta segunda-feira (24), antes da abertura de mercados, a Azul (AZUL4) informa seus números referentes ao quarto trimestre de 2024.

Após o fechamento, 3Tentos (TTEN3), Alpargatas (ALPA4), Auren Energia (AURE3), Isa Energia (ISAE4), MRV (MRVE3) e Vibra Energia (VBBR3) reportarão seus balanços financeiros.

Tapa-buracos

Na tarde da última sexta-feira (21), em meio à aversão ao risco, o câmbio piorou após Fernando Haddad anunciar que o governo vai editar uma Medida Provisória (MP) para liberar R$ 4 bilhões ao crédito rural.

No dia anterior, o Tesouro Nacional informou aos bancos que os empréstimos subvencionados estavam suspensos, pois o Orçamento de 2025 ainda não foi aprovado no Congresso Nacional, o que gerou forte reação negativa.

Diante da pressão, Lula ordenou que Haddad encontrasse rapidamente uma solução para destravar os financiamentos e evitar impactos econômicos mais graves.

Haddad esclareceu que o crédito extraordinário anteciparia valores previstos para as linhas de crédito, e garantiu que a MP respeite o limite de gastos do arcabouço fiscal.

Embora não configure uma pedalada fiscal, um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) de 2017 exige que novos contratos apenas sejam autorizados se houver recursos disponíveis para toda a equalização da taxa de juros.

Esse cenário de incerteza fez o dólar superar R$ 5,730, enquanto os juros futuros subiam, em reflexo à desconfiança do mercado e a expectativa por mais gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Reforma ministerial

Segundo rumores, o presidente Lula ainda não comunicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre sua demissão, mas a mudança deve ocorrer nesta semana, com Alexandre Padilha em seu lugar.

Além disso, Gleisi Hoffmann deve ser nomeada para a Secretaria-Geral da Presidência, em substituição a Marcio Macedo.

Orçamento de 2025

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reúne na quinta-feira (27) com Hugo Motta (Republicanos -PB) para discutir a votação do Orçamento, adiada para depois do Carnaval – o que exigiu ajustes fiscais pelo governo.

No mesmo dia, ele conversa com os poderes Judiciário e Executivo sobre emendas parlamentares, após Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), congelar repasses para exigir mais transparência.

Nesse sentido, as emendas Pix deixaram 12% dos investimentos federais sem destino claro, com transportes e defesa em acúmulo de mais de R$ 14,30 bilhões sem finalidade definida, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

Rumble, Trump Media e o embate com Alexandre de Moraes

A Rumble e a Trump Media & Technology entraram na Justiça dos Estados Unidos (EUA) para não cumprir as ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Moraes bloqueou a Rumble no Brasil, impôs multa diária de R$ 50 mil e exigiu um representante no país.

A plataforma pede medida cautelar urgente contra as determinações.

EUA

Nesta segunda-feira (24), o mercado norte-americano observa o Índice de Atividade Nacional de janeiro.

A influência dos EUA nos rumos da guerra da Rússia contra a Ucrânia

Ignorado por Donald Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reúne 30 países nesta segunda-feira (24) para buscar apoio na guerra contra a Rússia.

Em coletiva, Zelensky afirmou estar disposto a renunciar pela paz e, de forma improvável, sugeriu trocar sua saída pela entrada da Ucrânia na OTAN.

Trump pressiona a Ucrânia a aceitar um acordo para pagar US$ 500 bilhões aos EUA com recursos naturais, mas Zelensky rejeita endividar gerações futuras.

No sábado (22) à noite, um ataque massivo de drones russos atingiu Kiev, danificou casas e causou incêndios.