
Nesta terça-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou a saída da ministra da Saúde, Nísia Trindade, do cargo. Ela será sucedida por Alexandre Padilha, atual responsável pela pasta das Relações Institucionais.
A substituição de Nísia já vinha sendo comentada há algumas semanas, como parte de uma reforma ministerial planejada em etapas. O objetivo é fortalecer o governo de Lula em dois pontos-chave: sua articulação com o Congresso e a recuperação de sua popularidade entre os eleitores.
Nísia Trindade, socióloga de formação, ganhou notoriedade por presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre 2017 e 2022, período marcado pela pandemia de Covid-19.
Durante a transição do governo Lula, Nísia foi nomeada ministra da Saúde como uma sinalização de apoio à comunidade científica. Assim, sua chegada marcou um distanciamento das políticas do governo anterior. Isso porque o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentou críticas por sua postura negacionista em relação à ciência.
No entanto, à frente do Ministério da Saúde, Nísia enfrentou dificuldades, sendo alvo de críticas pela falta de habilidades políticas, essenciais para gerir o maior orçamento da Esplanada e atender à pressão por emendas e reuniões parlamentares.
Em fevereiro de 2024, por exemplo, o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), junto a líderes partidários, enviou um pedido formal à ministra cobrando a liberação de emendas parlamentares. A resposta do ministério foi que agia com “critérios técnicos”.
Na manhã desta terça (25), no entanto, com os rumores sobre sua substituição crescendo, Nísia e Lula participaram de um evento que lançou projetos voltados à produção nacional de vacinas. Ao ser anunciada no microfone, Nísia foi calorosamente aplaudida.
(Informações de G1)