
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarca em Brasília nesta quinta-feira (6), última data disponível para que sua defesa seja formalizada no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o político de participar de uma tentativa de golpe de Estado com outros 32 investigados.
A defesa de Bolsonaro tentou obter mais tempo para a apresentação da manifestação oficial no STF, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Ao mesmo tempo, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, rejeitou tentativas de afastamento dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento, recursos apresentados pelos advogados de Bolsonaro e do general Walter Braga Netto.
Reação do Bolsonaro
Após a denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desdenhou da possibilidade de ser preso.
Durante um evento no dia 19 de fevereiro, o político disse: “O tempo todo: ‘Vamos prender Bolsonaro’. Caguei para prisão. A turma que devolveu R$ 5 bilhões em delação premiada não tem nenhum preso.”
No discurso, o ex-presidente também criticou a liberdade de expressão no Brasil e ironizou as acusações, chamando-as de “golpe da Disney” em alusão à sua estadia em Orlando durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Denúncia sobre o golpe
Caso o STF aceite a acusação, ele poderá enfrentar penas que, somadas, podem chegar a 50 anos de prisão.
Assim, Bolsonaro foi denunciado por: Golpe de Estado; Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito e Integração em Organização Criminosa.
De acordo com a Polícia Federal, o ex-presidente não foi apenas um espectador, mas desempenhou um papel ativo no planejamento e execução do golpe.
Além disso, a PF afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro “planejou, atuou e teve domínio do plano para golpe de Estado”.
Ex-presidente no Carnaval
Porém, durante o feriado, Bolsonaro permaneceu em sua residência em Vila Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), onde recebeu diversas figuras políticas para conversas informais.
Entre os presentes estavam o senador Ciro Nogueira (PP), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e os deputados Luciano Zucco (PL), Hélio Lopes (PL) e Gil Diniz (PL).