
ATUALIZAÇÕES DE COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 9:20: Dólar comercial (compra): +0,13%, cotado a R$ 5,763.
Na sessão anterior…
Na última quarta-feira (5), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 2,71%, cotado a R$ 5,755.
O que influencia o dólar?
A forte queda do dólar tem se sustentado por fatores internos e externos.
No Brasil, os ajustes de posição após o feriado de Carnaval impactaram a cotação, pois o mercado ficou fechado por vários dias, gerando um movimento de correção quando reabriu.
No cenário externo, a desaceleração da economia dos Estados Unidos (EUA) também contribuiu para a desvalorização do dólar.
Indicadores como o relatório ADP mostraram uma criação de empregos bem abaixo do esperado, reforçando a percepção de uma economia menos aquecida. Isso reduz a atratividade do dólar como investimento seguro.
Na última sexta-feira (28), o dólar chegou a R$ 5,9165 devido a fatores como tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, ajustes de fechamento de mês (Ptax) e a precaução dos investidores diante do feriado no Brasil.
No entanto, a sinalização de Trump de que as tarifas podem ser negociadas e o adiamento de algumas delas ajudaram a diminuir a pressão sobre a moeda americana.
Diante disso, até o momento, o Federal Reserve (Fed) sinalizou que manterá a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, o que pode impactar a atratividade do dólar dependendo da resposta do mercado a outras medidas, como tarifas comerciais, cortes de impostos e ajustes nos gastos federais.
Brasil
Nesta quinta-feira (6), o mercado financeiro local opera com a agenda de indicadores e eventos econômicos esvaziada.
Taxa de Trump sobre o aço
O Instituto Aço Brasil espera recompor o acordo de cotas de exportação de aço com os Estados Unidos (EUA) antes da implementação da sobretaxa de 25% prevista para 12 de março.
O presidente executivo, Marco Polo de Mello Lopes, confia na reunião entre o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) e o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, marcada para hoje.
O setor siderúrgico destaca a importância estratégica do aço brasileiro na indústria americana para manter o acordo que permite a exportação sem sobretaxa de milhões de toneladas.
Em 2023, o Brasil forneceu 3,4 milhões das 5,6 milhões de toneladas de placas de aço importadas pelos EUA, reforçando sua relevância para o mercado americano.
Como o aço brasileiro complementa a produção dos EUA, o setor aposta que o governo Joe Biden reconhecerá a necessidade de manter o acordo estabelecido em 2018.
Além disso, o Brasil é um grande importador de carvão siderúrgico dos EUA, movimentando US$ 1,4 bilhão em 2023, fortalecendo os laços comerciais entre os países.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acredita que as tarifas americanas focarão no etanol, sem impacto imediato sobre outros produtos agropecuários, como carnes e café.
Mais tarifas
O Goldman Sachs prevê que a guerra comercial entre EUA e China impactará o setor de proteína animal na América Latina, elevando os custos de ração no Brasil.
A BRF (BRFS3) pode ser negativamente afetada, enquanto a JBS (JBSS3) tem margem para redistribuir exportações e minimizar o impacto da suspensão temporária da China sobre a carne bovina.
As tensões cresceram com novas tarifas dos EUA contra Canadá, México e China, levando Pequim a retaliar com tarifas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas americanos.
Sobretudo, o impacto das tarifas sobre carne bovina nos EUA deve ser pequeno, pois apenas 2% da oferta de gado vem do exterior, segundo o Goldman Sachs.
No entanto, retaliações do México podem afetar exportações americanas de milho e frango, enquanto o Canadá pode usar petróleo e gás como moeda de negociação.
O Canadá anunciou tarifas sobre US$ 155 bilhões em importações dos EUA, mas ainda não indicou restrições ou tarifas sobre commodities essenciais para os americanos.
Gleisi no governo Lula
Em entrevista ao G1, Gleisi Hoffman (PT-PR), que é sucessora de Alexandre Padilha na Secretaria de Relações Institucionais, disse que não ingressará no governo Lula para “guerra” e negou que entrará em rota de colisão com a agenda de Fernando Haddad.
“Fui nomeada para cuidar da articulação política e garantir 2026 [eleição] e não da economia.”
EUA
Nesta quinta-feira (6), o mercado norte-americano observa o volume de pedidos de auxílio-desemprego da semana.
Do lado dos eventos, acompanha os dirigentes do Federal Reserve (FED), Christopher Waller, no summit do The Wall Street Journal e Raphael Bostic discursar em evento.
Europa
Zona do Euro – às 10:15, o Banco Central Europeu (BCE) informa a decisão de política monetária.