
As ações da Brava Energia (BRAV3) operam em alta nesta quinta-feira (6), após a companhia anunciar uma limitação na venda de ativos onshore e de águas rasas ao Estado da Bahia. Por volta das 10:25, os papéis subiam 2,24% a R$ 16,89.
Essa reação positiva acontece porque o mercado reconhece que a venda do Complexo Recôncavo pode gerar valor estratégico, especialmente se a PetroReconcavo (RECV3) assumir esses ativos.
Segundo a XP Investimentos, essa potencial aquisição pela PetroReconcavo traria sinergias operacionais, dado seu histórico e expertise na região, podendo resultar em maior eficiência e rentabilidade.
No entanto, a casa aponta que esse movimento elimina a possibilidade de uma grande oferta pela totalidade da operação onshore da empresa, cenário que havia sido especulado anteriormente. O que poderia gerar uma digestão negativa no decorrer do dia.
RECV3 e BRAV3: longa parceria comercial
Já tem uns bons anos em que Brava e PetroReconcavo estabelecem acordos comerciais interessantes.
O último, em dezembro de 2024, foi a assinatura de um acordo de parceria (Heads of Agreement – HoA), estabelecendo as bases para a aquisição de 50% dos ativos de midstream de gás natural no estado do Rio Grande do Norte da Brava pela Petro.
O valor da transação é de US$ 65 milhões, e sua conclusão está condicionada à negociação e assinatura do SPA e seus anexos, além da conclusão das condições precedentes.
Esse flerte é tão evidente, que no período em que a Brava era 3R Petroleum, a PetroReconcavo negociava fusão entre as duas companhias.
Venda de ativos da Brava
Nesta quinta-feira (6), a Brava informou segue em negociações avançadas com os proponentes selecionados e espera receber propostas vinculantes ao longo de abril.
No entanto, agora a venda se limita aos ativos do Estado da Bahia.
Segundo a companhia, todo o processo será conduzido conforme as melhores práticas de governança corporativa, garantindo transparência ao mercado.
Esse movimento faz parte de uma reestruturação mais ampla, que já incluiu a venda de 11 concessões no Rio Grande do Norte, conforme anunciado em fevereiro.
A estratégia visa fortalecer a integração logística e ampliar o acesso ao mercado internacional, posicionando a Brava Energia para um crescimento sustentável no setor.