
A multinacional Telefônica — controladora da Vivo (VIVT3) — está em negociações para vender suas atividades no Peru, contando com o apoio da consultoria financeira Rothschild no processo. A informação foi divulgada pelo jornal El Confidencial nesta quinta-feira (6).
Saída da América Latina
A iniciativa de venda dos ativos peruanos ocorre após a empresa solicitar recuperação judicial no país. Essa decisão faz parte da estratégia da nova gestão da Telefônica, comandada por Marc Murtra, que busca reduzir gradualmente a presença na América Latina.
Em um movimento parecido, a Telefônica vendeu recentemente sua unidade na Argentina por US$ 1,245 bilhão.
Murtra, que assumiu a presidência-executiva em janeiro no lugar de José Maria Álvarez-Pallete, declarou que a companhia está conduzindo uma revisão estratégica de seus ativos. O objetivo é concluir esse estudo antes do fim do ano.
Resultados financeiros da Telefônica
A Telefônica Brasil ainda não se manifestou oficialmente sobre a venda das operações peruanas.
No entanto, os resultados do quarto trimestre de 2024 mostram um desempenho financeiro abaixo das expectativas.
Apesar de registrar um lucro líquido de R$ 1,76 bilhão, com crescimento anual de 10,10%, o balanço revelou fragilidade na rentabilidade.
Dessa forma, os nalistas do BTG Pactual destacaram que, após ajustes para itens extraordinários, o lucro ficou abaixo do esperado. Além disso, a receita de serviços móveis (MSR) manteve-se estável em relação ao trimestre anterior.
Por fim, os analistas consideram que, para investidores em busca de ativos seguros, a Vivo é uma opção confiável. “Para investidores que buscam ações mais seguras, a Vivo é uma opção sólida, especialmente em um mercado mais fraco”, destacaram os analistas.
Ações da VIVT3
Após o anúncio, nesta quinta-feira (6), as ações da Telefônica Brasil (VIVT3) operavam em alta. Por volta das 11:15 (horário de Brasília), os papéis da companhia avançavam 0,67% a R$ 49,06.