
O Bradesco (BBDC4) divulgou uma nova análise das perspectivas econômicas para os próximos anos, e ajustou suas estimativas para inflação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
A previsão de crescimento para 2025 foi mantida em 1,90%, enquanto a expectativa para 2026 subiu de 1,30% para 1,50%.
Inflação segue pressionada por fatores internos e externos
O banco revisou suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do país.
A previsão para 2025 foi levemente ajustada para 5,6%, contra a estimativa anterior de 5,70%.
Para 2026, a projeção subiu de 3,4% para 3,8%.
De acordo com o Bradesco (BBDC4), a economia brasileira vai continuar a desacelerar nos próximos meses, impactada pela política monetária restritiva adotada pelo Banco Central (BC) e pela falta de estímulos fiscais.
Além disso, a inflação ainda deve se manter acima da meta, em reflexo a fatores como a depreciação do real frente ao dólar e o aumento dos preços dos alimentos.
Setor agropecuário pode aliviar pressão inflacionária, diz Bradesco
Apesar do cenário desafiador, o banco aponta que a produção agrícola robusta pode ajudar a mitigar parte dos efeitos da inflação.
“As boas safras de grãos deverão auxiliar na redução dos choques inflacionários em alguns segmentos. Entretanto, os preços das proteínas animais devem continuar elevados, com uma pressão sobre os custos da alimentação”, afirma o relatório.
O Bradesco (BBDC4) também avalia que a desaceleração econômica ao longo de 2025 pode ajudar a reduzir a inflação dos núcleos, à medida que a demanda por bens e serviços diminui.
No entanto, o banco reforça que os riscos seguem elevados e que a condução da política monetária vai ser fundamental para garantir a estabilidade dos preços nos próximos anos.