
O encerramento do pregão de segunda-feira (10) trouxe boas notícias para a Pague Menos (PGMN3), que apresentou um desempenho positivo no 4º trimestre de 2024.
No entanto, a companhia enfrenta desafios em relação à alavancagem financeira e à estrutura de capital, o que exige atenção ao longo de 2025, de acordo com os análise da Genial Investimentos.
Os analistas Iago Souza e Nina Mirazon destacaram que “nenhuma empresa do setor deve apresentar um conjunto tão sólido quanto o reportado pela Pague Menos neste trimestre”.
Crescimento de vendas
A rede farmacêutica registrou um faturamento bruto consolidado de R$ 3,6 bilhões, representando um crescimento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com os resultados,
Segundo a análise, esse resultado foi impulsionado por um crescimento do Same Store Sales (SSS) de 17,1%, um desempenho superior ao repasse autorizado pela CMED. SSS é uma métrica usada para extrair dados de lojas que já existem. Dessa forma, exclui vendas de lojas fechadas ou até novas.
O bom desempenho também se deve às conversões das lojas da Extrafarma, com 125 unidades convertidas até o final de 2024. A Genial Analisa destaca que lojas convertidas atingiram uma venda média de R$ 632 mil, crescendo mais de 50% em relação ao patamar pré-aquisição”.
Além disso, a empresa teve uma Black Friday muito forte, com aumento de 40% nas vendas no fim de semana promocional.
Quais são os desafios da companhia?
Apesar do desempenho operacional positivo, a estrutura de capital da Pague Menos ainda gera preocupação. A empresa fechou o trimestre com apenas R$ 150 milhões em caixa, enquanto sua dívida de curto prazo totaliza R$ 370 milhões. De acordo com a Genial Investimentos, isso “torna praticamente inevitável uma rolagem de dívida ao longo de 2025”.
Além disso, os desafios são ainda maiores pelos planos de expansão para 2025, que preveem a abertura de 50 novas lojas e conversões de unidades da Extrafarma, com um investimento estimado de R$ 200 milhões.
Em um cenário de Selic elevada (14,25%) e reajustes de preços abaixo da inflação, a capacidade da Pague Menos de gerar caixa suficiente para cobrir essas despesas pode não ser suficiente.
O que fazer com as ações da Pague Menos (PGMN3)?
A Genial Investimentos mantém sua recomendação de ‘manter’ as ações da Pague Menos (PGMN3) que operam em queda de 7,74% nesta terça-feira (11) a R$ 2,86 por volta das 11:24 (horário de Brasília).