O diretor-presidente da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, manifestou sua confiança na adoção de novas medidas de defesa comercial por parte do governo brasileiro para conter o avanço das importações de aço da China.
Durante um evento da companhia nesta terça-feira (11), Werneck afirmou que as discussões com as autoridades estão avançadas.
“Estamos próximos de vencer a primeira etapa de defesa comercial em maio, e confio que o governo adota medidas mais rigorosas para frear o volume excessivo de aço importado, que gera uma competição desleal”, declarou o executivo. As informações são do jornal Valor Econômico.
O Brasil historicamente manteve um percentual de 11,00% de aço importado em relação ao consumo doméstico. No entanto, esse índice disparou para 25,00% em 2023. De acordo com dados do Instituto Aço Brasil, as importações de aço cresceram 18% em 2024, enquanto as exportações recuaram na mesma proporção.
O governo brasileiro, por meio do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e dos Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), sinalizou que vai implementar novas ações para proteger a indústria nacional.
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Entre as medidas discutidas, estão a possibilidade de aumento da tarifa de importação e a eliminação de cotas que permitem a entrada de aço com tributação reduzida.
“O aço chinês tem chegado ao Brasil com preços inferiores até mesmo ao do minério de ferro vendido para a Ásia, uma prática comercial incompatível com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, destacou Werneck.
O presidente do conselho de administração da Gerdau (GGBR4), André Gerdau Johannpeter, reforçou a preocupação com a manutenção dos empregos na indústria siderúrgica brasileira.
“A concorrência desleal provoca a transferência de empregos para outros países, e nosso compromisso manter a geração de empregos aqui no Brasil”, concluiu Johannpeter.
As informações são do jornal Valor Econômico.
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