
A Azzas 2154 (AZZA3), fruto da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, registrou lucro líquido recorrente de R$ 168,90 milhões no 4º trimestre de 2024. O valor representa uma queda de 35,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Nesta quarta-feira (12), as ações AZZA3 registravam uma forte queda de 5,33%, a R$ 25,02, por volta de 12:00 (horário de Brasília).
O EBITDA recorrente da companhia, totalizou R$ 519,2 milhões, um crescimento de 4,10% na base de comparação anual. No entanto, a margem EBITDA caiu de 16,60% para 15,30%.
A empresa destacou que sua prioridade estratégica para 2025 vai ser aprimorar a eficiência operacional e otimizar a alocação de capital, e investir em projetos com maior taxa interna de retorno (TIR).
O que diz o BTG Pactual sobre o balanço da Azzas?
O BTG Pactual afirmou em relatório que, embora a receita tenha continuado a mostrar tendências razoáveis, os números operacionais ficaram abaixo das estimativas.
Além disso, os analistas Gabriel Disselli, Luiz Guanais e Pedro Lima escreveram que, desde o início do processo de integração, o desempenho das ações tem sido amplamente ditado pelo fluxo de notícias sobre a fusão Arezzo-Grupo Soma. “Temos sinalizado que fusões e aquisições no varejo nunca são fáceis, principalmente entre grandes players”, disseram.
O banco acredita que a captura de sinergias pode demorar um pouco mais, dado o cenário de culturas, sistemas e marcas diferentes a serem integradas. “Considerando todos os fatores, os R$ 951 milhões do goodwill da Hering, mais R$ 2,2 bilhões das sinergias em VPL, poderiam resultar em um total de R$ 3,1 bilhões (35% do valor de mercado da Azzas)”, calcularam.
No entanto, na visão dos analistas, por ser um negócio complexo, além dos riscos de execução no processo, esses fatores devem fazer com que o mercado adote uma postura de espera antes de precificar antecipadamente todos esses ganhos.
O BTG mantém sua recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 49,00 em doze meses.