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Ibovespa flerta com os 131 mil pontos: o que explica esse otimismo?

Sinalização da China de elevar o consumo interno, prévia do PIB e expectativa por Copom são os destaques do dia

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Nesta segunda-feira (17), o Ibovespa chegou a tocar os 131 mil pontos, mas encerrou aos 130.833 pontos, com alta de 1,46%. As bluechips Itaú (ITUB4), Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) puxaram o índice.

Para o analista João Daronco, da Suno, existem alguns fatores que explicam esse otimismo sobre o índice. No entanto, ele relembra que o Ibovespa já indicava para essa alta, com a Bolsa subindo 5% no acumulado da semana anterior.

Segundo Daronco, a Bolsa está descontada, com alguns papéis apresentando desvalorizações acima da média. “Neste cenário, uma notícia positiva impulsiona a valorização destas ações”, explica.

Uma destas notícias é a sinalização da China de medidas para elevar o consumo interno. O país pretende aumentar a renda da população, segundo a agência estatal Xinhua informou no domingo (16).

Outras ações incluem a estabilização dos mercados de ações e do setor imobiliário, além da oferta de incentivos para elevar a taxa de natalidade. O governo busca ainda aliviar as pressões deflacionárias que afetam a economia.

Como um grande exportador da China, o Brasil tende a se beneficiar destas medidas, segundo Daronco. As ações da mineradora Vale (VALE3) subiram 1,44%, a R$ 57,10, nesta segunda-feira.

Prévia do PIB ampara alta do Ibovespa?

No cenário interno, o IBC-Br, popularmente conhecido como ‘prévia do PIB’, registrou alta de 0,90%, acima do esperado pelo mercado financeiro.

O crescimento além das expectativas pode ter sido uma pequena trava para que o Ibovespa não disparasse ainda mais nesta segunda. Isso porque os analistas observam com cautela uma economia aquecida em meio à política monetária restritiva do Banco Central (BC).

Apesar de uma segunda-feira agitada, a semana só está começando. Na próxima quarta-feira (19), o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC anuncia mais uma decisão de juros.

A expectativa é que a taxa básica de juros (Selic) seja elevada em 1 ponto percentual, de 13,25% para 14,25% ao ano.