
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), nova ministra da Secretaria das Relações Institucionais (SRI), foi amplamente elogiada no Congresso Nacional pelo trabalho de articulação que viabilizou a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025.
O projeto deveria ter sido aprovado no final de 2024, mas sucessivos atrasos limitavam os gastos do governo federal.
Desde que assumiu a articulação política do governo em 10 de março, em substituição Alexandre Padilha (PT-SP), agora ministro da Saúde, Gleisi Hoffmann escolheu como uma de suas principais missões destravar a tramitação da proposta.
O Orçamento de 2025 foi aprovado de maneira rápida e simbólica no plenário conjunto do Congresso Nacional na quinta-feira (20), sem que houvesse destaques que alterassem o texto.
O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União-AP), destacou o papel da ministra na construção do acordo.
“Num debate franco, honesto e verdadeiro, [a ministra] construiu nos últimos dias um entendimento maduro e honesto com o Congresso Nacional, mostrou onde o poder Executivo e o governo poderiam ceder na construção dessa peça orçamentária, que pudesse privilegiar o Parlamento brasileiro”, afirmou.
Disputa por emendas parlamentares
Apesar da aprovação, houve queixas sobre o cumprimento de acordos para o pagamento de emendas. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), criticou o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não honrar compromissos.
Em resposta, o líder da maioria no Congresso Nacional, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que a chegada de Gleisi Hoffmann ao ministério deve mudar esse cenário.
“Com a chegada da ministra Gleisi Hoffmann, a quem tive a honra de ser ministro com ela, eu tenho certeza que nós vamos trabalhar […] por esse cumprimento”, declarou.
Gleisi evitou a perda de controle do governo sobre os cortes no Orçamento
Antes da votação final, Gleisi Hoffmann atuou diretamente para impedir que o governo federal perdesse autonomia sobre cortes de despesas.
O relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), havia proposto reduzir de 30% para 10% a margem de cortes de despesas discricionárias pelo Poder Executivo.
No entanto, após negociações com a ministra e lideranças partidárias, a proposta foi revertida para os 30% atuais – o que garante maior flexibilidade para o governo.
As informações são do site Metrópoles.