
O Ibovespa (IBOV) registrou uma alta acima de 0,5% nesta quinta-feira (27) após a notícia de que presidente Donald Trump pretende anunciar uma tarifa que poderá afetar as relações comerciais com o Brasil.
A nova medida tarifária do governo dos Estados Unidos quer taxar todos os bens importados de países considerados “desleais” nas relações comerciais com os EUA.
Nova tarifa do Trump atingirá o Brasil?
De acordo com uma fonte da Casa Branca, ainda não há uma decisão final sobre a inclusão do Brasil no pacote de tarifas. No entanto, caso isso ocorra, a sobretaxa será aplicada a todos os produtos brasileiros exportados para os EUA.
A incerteza em relação à possível tarifação fez com que o Ibovespa registrasse alta de 0,53%, alcançando 133.228 pontos. O dólar comercial também sofreu influência dessa informação e é negociado a R$ 5,7443 com alta de 0,20% por volta das 15:45 (horário de Brasília).
Continuação da política protecionista
Donald Trump prometeu que o dia 2 será um marco na política comercial dos Estados Unidos. A medida segue um padrão protecionista adotado pelo republicano, que já impôs barreiras ao aço e alumínio brasileiros em 12 de março.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos tem promovido a a ideia de “tarifas recíprocas” como uma estratégia para corrigir o que considera práticas comerciais injustas de outros países.
Nesta quinta-feira (27), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, indicou que o foco serão países que exploram economicamente os Estados Unidos.
Resposta do Lula
Porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Donald Trump precisa tomar cuidado com as ideias de tarifas. De acordo com ele, isso pode prejudicar os Estados Unidos.
Se Trump “está pensando que, tomando essa decisão de taxar tudo aquilo que os Estados Unidos importam, eu acho que vai prejudicar os Estados Unidos”, comentou Lula em coletiva de imprensa em Tóquio.
Ele prevê que isso “vai levar a uma inflação que ele [Donald Trump] ainda não está percebendo”
No entanto, o petista disse que o Brasil tem duas opções frente as taxações dos Estados Unidos: “Uma é recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), que nós vamos recorrer, e a outra é a gente sobretaxar os produtos americanos que nós importamos”.