Um problema a menos para Bolsonaro

Por que Gonet pediu arquivamento de inquérito sobre fraude com cartões de vacina?

De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não existem elementos suficientes para responsabilizar Jair Bolsonaro pela falsificação do registro

Jair Bolsonaro
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre uma suposta fraude no cartão de vacinação durante a pandemia de Covid-19. De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não existem elementos suficientes para responsabilizar Jair Bolsonaro pela falsificação do registro.

A decisão veio um dia após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados se tornarem réus por tentativa de golpe de Estado.

Para a PGR, a acusação de fraude no cartão de vacina baseia-se apenas na delação do tenente-coronel Mauro Cid, sem provas adicionais que sustentem a denúncia.

O que diz Gonet?

De acordo com Gonet, a situação se diferencia do caso da tentativa de um golpe de Estado, onde a colaboração premiada foi sustentada por “provas independentes”.

Ele ressaltou que, no inquérito das vacinas, não existem indícios concretos além do depoimento de Cid.

A manifestação da PGR foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai analisar o pedido de arquivamento.

Existe a tendência de que o pedido seja aceito, mas também a possibilidade de novas diligências caso o ministro considere necessário.

Como Bolsonaro reagiu?

Pelas redes sociais, Bolsonaro classificou a investigação como “frágil” e afirmou que se trata de uma “narrativa distorcida, montada para manchar sua imagem e abalar seu apoio popular”.

O advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno, comemorou o pedido de arquivamento e afirmou que a acusação era “vazia de elementos probatórios”.

Ainda existe expectativa sobre o desfecho de outras investigações que envolvem Jair Bolsonaro (PL), como o caso do desvio de joias do acervo presidencial, no qual o ex-presidente já foi indiciado pela Polícia Federal (PF).