A guerra tarifária iniciada por Donald Trump atingiu o mercado nesta segunda-feira (7), com reflexos diretos nas bolsas, nos títulos e nas commodities no mundo inteiro. Do Brasil até a Ásia, bolsas começaram a semana com queda generalizada.
O índice S&P 500 alternou fortes quedas e ganhos moderados ao longo da sessão, com o boato de que Trump faria uma pausa de 90 dias sobre as tarifas. Porém, o governo desmentiu a notícia, o que impactou o mercado novamente.
O movimento veio após uma queda generalizado nos mercados da Ásia e da Europa. Somadas, as desvalorizações já eliminaram cerca de US$ 10 trilhões em valor de mercado globalmente.
Impacto das tarifas nas bolsas globais
Na Ásia, o impacto foi particularmente sentido na China, onde o índice Hang Seng despencou 13%, a pior retração desde 1997. Já na Europa, o Stoxx 600 e o DAX alemão registraram quedas históricas, mas, houve sinais de recuperação ao final do dia.
Ao mesmo tempo, na tarde desta segunda, o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, era negociado em queda de 1,33% a 125.558 pontos.
Risco de recessão reacende debate sobre cortes nos juros
Dessa forma, a turbulência nas bolsas do mundo inteiro fez o mercado precificar até cinco cortes na taxa de juros dos EUA ainda este ano.
A expectativa é que o Fed reduza os juros em 0,25 ponto percentual por reunião, como resposta à desaceleração econômica provocada pelas tarifas.
O Goldman Sachs elevou a estimativa de recessão nos Estados Unidos (EUA) de 35% para 45%. Além disso, o JP Morgan foi além, e estimou 60% de chance de recessão, com a previsão de efeitos inflacionários internos e retaliações internacionais.
Assim, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, e outros nomes importantes para o mercado norte-americano alertaram para os riscos de se desfazer décadas de integração comercial global.