No velho mundo

Bolsas da Europa se recuperam após colapso provocado por guerra tarifária

A recuperação ocorre em meio a expectativas de negociações comerciais e uma pausa na escalada das tensões tarifárias

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Inflação na zona do euro cresce 0,8% | Shutterstock
Inflação na zona do euro cresce 0,8% | Shutterstock

Na manhã desta terça-feira, 8 de abril, os principais índices das bolsas da Europa registram ganhos, em reflexo a um alívio nos mercados após as fortes quedas observadas na segunda-feira (7), desencadeadas pelas tarifas de importação impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A recuperação ocorre em meio a expectativas de negociações comerciais e uma pausa na escalada das tensões tarifárias, e investidores ajustam posições e buscam oportunidades após o tombo da véspera.

Confira o desempenho dos principais índices:

  • Stoxx 600: O índice pan-europeu sobe cerca de 1,2%, a aproximadamente 510 pontos. O avanço fora impulsionado por setores como tecnologia e bancos, que se recuperam das perdas recentes.
  • DAX (Alemanha): Em Frankfurt, o índice registra alta de 1,4%, próximo de 19.500 pontos, com destaque para ações de montadoras como Volkswagen e BMW, que tentam reverter o impacto das tarifas americanas.
  • FTSE 100 (Reino Unido): A bolsa de Londres lidera os ganhos, com o índice em alta de 1,8%, por volta de 8.320 pontos, beneficiado por empresas de energia e consumo.
  • CAC 40 (França): Em Paris, o índice avança 1,2%, e aproximou-se de 7.500 pontos, com papéis do setor financeiro e de bens de luxo responsáveis pela alta.
  • FTSE MIB (Itália): A bolsa de Milão registrou desempenho mais modesto, com alta de 0,6%, perto de 34.200 pontos, em reflexo a cautela em meio a incertezas econômicas locais.
  • IBEX 35 (Espanha): Em Madri, o índice sobe 0,8%, e ronda os 11.300 pontos, apoiado por bancos como Santander e BBVA.

Após uma segunda-feira de pânico, quando o Stoxx 600 caiu mais de 5% e outros índices europeus registraram perdas similares devido às tarifas de Trump — que incluíram 34% sobre produtos chineses e 24% sobre japoneses —, o mercado europeu respira aliviado nesta manhã.

A ausência de novas declarações agressivas de Washington e rumores de possíveis negociações bilaterais entre os EUA e países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul, contribuem para o otimismo. Além disso, a China reiterou que “revidará até o fim” se as tensões escalarem, mas não anunciou medidas adicionais hoje, o que também ajuda a estabilizar o sentimento.