
Os preços do petróleo registraram queda pelo quinto dia consecutivo nesta quarta-feira, 9 de abril, e atingiram os níveis mais baixos desde fevereiro de 2021. O recuo acontece após a entrada em vigor das tarifas “recíprocas” anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, com uma taxa punitiva de 104% sobre produtos importados da China, o que agrava ainda mais a guerra comercial global.
Por volta de 8:00, no horário de Brasília, o gigante asiático anunciou tarifas adicionais de 84% sobre produtos do país norte-americano.
Os contratos futuros do petróleo Brent recuaram US$ 3,21 (ou 5,11%), negociados a US$ 59,61 por barril. Já os contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) caíram US$ 3,41 (ou 5,72%), para US$ 56,11.
Impacto das tarifas recíprocas e decisão da OPEP+ agravam cenário para o petróleo
As quedas sucessivas nos preços do petróleo acompanham as tensões comerciais entre as maiores economias do mundo. Desde o anúncio de Trump sobre tarifas generalizadas sobre a maioria das importações, crescem os temores sobre desaceleração econômica e queda na demanda por combustíveis.
As tarifas de 104% sobre produtos chineses entraram em vigor nesta quarta-feira, 9 de abril, após Pequim se recusar a retirar a taxa retaliatória de 34% sobre produtos americanos. Em resposta, Trump adicionou uma sobretaxa de 50%.
Paralelamente, países da União Europeia (UE) devem aprovar ainda nesta quarta-feira, 9 de abril, suas primeiras contramedidas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), inclusive a Rússia, decidiu na semana passada aumentar a produção de petróleo em 411.000 barris por dia a partir de maio, o que contribuiu para pressionar ainda mais os preços.
O Goldman Sachs revisou suas projeções e agora prevê que o Brent e o WTI podem atingir US$ 62 e US$ 58 por barril até dezembro de 2025, e cair para US$ 55,00 e US$ 51,00 por barril até dezembro de 2026.