
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta semana que sua decisão de pausar a maior parte das tarifas impostas a parceiros comerciais tenha sido motivada pelo desempenho do mercado de títulos.
Em pronunciamento à imprensa em frente à Casa Branca, Trump afirmou que a medida foi tomada diante da reação pública à escalada da guerra comercial.
“Vi na noite passada que as pessoas estavam ficando um pouco enjoadas”, disse o presidente americano, referindo-se às críticas e inseguranças causadas pelas tarifas. “As pessoas estavam ficando um pouco assustadas”, completou.
Mesmo minimizando o impacto do mercado financeiro sobre sua decisão, Trump reconheceu estar atento às movimentações. “Estava observando o mercado de títulos. O mercado de títulos é muito complicado. Mas, neste momento, está lindo”, afirmou.
Acordos em vista
Trump também voltou a prometer avanços nas negociações com parceiros estratégicos. Segundo ele, é possível alcançar acordos comerciais tanto com a União Europeia quanto com a China. “Um acordo será feito com a China”, garantiu. “Eles apenas não sabem exatamente como proceder.”
O presidente ressaltou que sua prioridade é garantir termos justos para os Estados Unidos. “Eu só quero que seja justo. Haverá acordos justos”, declarou.
Trump, os efeitos das tarifas e incentivo à produção local
Para Trump, os impactos das tarifas estão sendo mais rápidos do que o esperado. Ele destacou que grandes empresas, como montadoras e fabricantes de semicondutores, já estão se movimentando para transferir parte de sua produção para os EUA.
Além disso, mencionou a Apple como exemplo de companhia que deveria repensar sua cadeia de produção. “É insustentável para a Apple continuar fabricando grande parte de seus iPhones na China”, disse.
Ele sinalizou ainda a possibilidade de conceder isenções fiscais a empresas americanas como forma de mitigar os impactos das tarifas no setor produtivo.