Tarifas dos EUA pesarão

China: Goldman Sachs reduz projeção de crescimento do PIB

Impacto acumulado das tarifas norte-americanas pode reduzir o nível do PIB real da China em até 2,6 pontos percentuais - 2,2 p.p. apenas em 2025

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Em meio ao aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos (EUA), a Goldman Sachs revisou para baixo suas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China para os próximos anos.

Após o aumento das tarifas por parte dos EUA, a instituição agora projeta que o PIB chinês vai crescer 4,0% em 2025 e 3,5% em 2026, abaixo das previsões anteriores de 4,5% e 4,0%, respectivamente.

O Goldman Sachs calcula que o impacto acumulado das tarifas norte-americanas — que saltaram de 11,00% para 125,00% desde o primeiro mandato de Donald Trump — pode reduzir o nível do PIB real da China em até 2,6 pontos percentuais – 2,2 p.p. apenas em 2025.

Acreditamos que alcançar um crescimento do PIB de 4,50% este ano seria muito desafiador”, escreveram os estrategistas liderados por Andrew Tilton.

O banco aguarda que as autoridades da China adotem novas medidas de estímulo, inclusive cortes de até 60 pontos-base nas taxas de juros e ampliação do déficit fiscal para 14,50% do PIB.

No entanto, os analistas alertam que tais ações podem não ser suficientes para neutralizar os efeitos das tarifas. Entre 10 e 20 milhões de trabalhadores chineses podem estar diretamente expostos às exportações destinadas aos EUA, o que eleva o risco de estresse no mercado de trabalho.

Mesmo com as políticas de apoio, o Goldman Sachs acredita que o crescimento chinês vai ficar aquém da meta oficial de cerca de 5%, com indicadores alternativos que apontam para desempenho inferior.