O Grupo Prada, um dos maiores nomes da moda italiana, anunciou nesta quinta-feira (10) a aquisição da Versace por 1,25 bilhão de euros (cerca de US$ 1,4 bilhão), após semanas de negociações intensas.
Fundada por Gianni Versace em 1978 e imortalizada pela visão de Donatella Versace, que ocupou a direção criativa por três décadas, a grife simboliza o luxo exuberante e estampado — uma estética que nos últimos anos enfrentou ventos contrários com a ascensão da tendência do “quiet luxury”, o luxo mais sóbrio e discreto que passou a dominar o gosto dos ultrarricos.
A transação representa mais do que uma simples troca de mãos: é um movimento estratégico que fortalece a presença italiana em um mercado global amplamente dominado por gigantes como a francesa LVMH (dona da Louis Vuitton e Dior) e a americana Capri Holdings, que comprou a Versace em 2018 por US$ 2 bilhões — valor superior ao da venda anunciada hoje.
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Com sede em Milão, a Prada agora se consolida como o maior grupo de luxo da Itália em receita, com uma capitalização de mercado de cerca de €14 bilhões (US$ 15 bilhões).
Ainda é uma fração do tamanho da LVMH, avaliada em colossais US$ 300 bilhões, mas o movimento reacende uma antiga ambição: construir um verdadeiro conglomerado de luxo italiano capaz de rivalizar com os impérios franceses e americanos.
Além do reforço de marca, a compra abre portas para o fortalecimento da presença italiana em um mercado em que o país já é protagonista na produção: segundo a consultoria Bain, entre 50% e 55% de todos os bens de luxo pessoais no mundo são fabricados na Itália.
