Operação cercada de suspeitas

BRB (BSLI3): Minoritários questionam compra do Banco Master

De acordo com a ANEABRB, a transação, anunciada em 28 de março, tem sido conduzida com "acelerado ritmo institucional, ausência de transparência e total exclusão dos acionistas minoritários

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- Divulgação/BRB
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A Associação Nacional dos Empregados Ativos e Aposentados do BRB (ANEABRB), maior acionista minoritário independente do Banco de Brasília (BRB)(BSLI3)(BSLI4), manifestou profunda preocupaçãocom a condução da operação societária que envolve a aquisição do Banco Master e a reestruturação do conglomerado BRB.

De acordo com a entidade, a transação, anunciada em 28 de março, tem sido conduzida com acelerado ritmo institucional, ausência de transparência e total exclusão dos acionistas minoritários— inclusive os próprios membros da ANEABRB.

A associação afirma que, mesmo após o envio de diversos ofícios à administração do banco, não conseguiu resposta oficial ou acesso às informações essenciais da operação.

As informações são de Reuters.

Trata-se de uma operação com impacto direto sobre a estrutura societária, financeira e regulatória do BRB, com efeitos potenciais sobre o controle acionário exercido pelo governo do Distrito Federal, o perfil de risco da companhia, sua capacidade de distribuição de dividendos e, principalmente, a sua natureza jurídica como sociedade de economia mista, declarou a associação, em nota oficial.

A ANEABRB também critica o fato de o banco não ter convocado uma assembleia de acionistas, conforme previsto no artigo 256 da Lei das S.A., aplicável a operações que superem 25% do patrimônio líquido da companhia.

Ao contrário, submeteu diretamente a operação à análise do Banco Central, sem deliberação prévia dos sócios, um ambiente de fato consumado que pode tornar impossível o exercício pleno de direitos, como o direito de recesso e o voto informado, aponta a associação.

A entidade ressalta que a inversão de procedimentos institucionais, além de juridicamente questionável, afronta os princípios da boa governança, da legalidade e do respeito ao capital privado investido na companhia.