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IBOVESPA HOJE - IPCA de março, IBC-Br e Fernando Haddad são destaques, com PPI nos EUA no radar, em meio às retaliações tarifárias entre China e EUA

Na última quinta-feira (10), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, encerrou o pregão em queda de 1,13%, aos 126.354,75 pontos

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ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • Fechamento: Ibovespa: +1,05%, aos 127.682,40 pontos.
  • – 10:05: Ibovespa: +0,21%, aos 126.617,84 pontos.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira (10), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em queda de 1,13%, aos 126.354,75 pontos.

Brasil

Nesta sexta-feira (11), o mercado financeiro local observa o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por sua vez, o Banco Central (BC) informa o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), popularmente conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), referente a fevereiro.

Haddad, e as tarifas?

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP) deve comentar nesta sexta-feira (11), à BandNews, a crise tarifária mundial deflagrada pelos Estados Unidos (EUA).

A entrevista acontece às 8:50 e espera-se que o político evite posições firmes, pois o Brasil busca acordo sobre aço e alumínio.

Apesar da expectativa, Haddad afirmou que existe muita insegurança, uma vez que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA), não deixou diretrizes claras. Por isso, prefere aguardar definições antes de agir.

Tarifa Social de Energia Elétrica

Na quinta-feira (10), Haddad desmentiu estudos no Ministério da Fazenda ou no Ministério da Casa Civil sobre ampliar a tarifa social de energia, o que contrariou a declaração do ministro Alexandre Silveira (PSD-MG), de Minas e Energia (MME).

Desafios fiscais

Além disso, negou mudanças na meta de superávit de 0,25% do PIB para 2026. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) vai ser divulgado na próxima terça-feira, dia 15 de abril.

E a desoneração da folha voltou…

Haddad ainda comentou a possível audiência de conciliação entre governo federal e Senado Federal no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desoneração da folha de pagamentos de dezessete setores, devido à perda de arrecadação.

O ministro Cristiano Zanin, relator do tema no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou manifestação do Senado Federal após alerta da Advocacia- Geral da União (AGU) sobre prejuízo de R$ 20,2 bilhões em 2024.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta garantir no STF uma compensação, seja por revisão do benefício, regras mais rígidas ou exigência de solução por parte do Congresso Nacional.

Essa discussão figura entre as maiores preocupações da equipe econômica nos próximos meses, diante do impacto fiscal e da complexidade política envolvida.

EUA

Nesta sexta-feira (11), o mercado norte-americano monitora os números do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) e seu núcleo relativo a março.

Além disso, investidores acompanham, mais um vez, o discurso de dirigentes do Federal Reserve (Fed): Alberto Musalem (11:00) e John Williams (12:00).

China amplia retaliação aos EUA

Donald Trump tentou animar investidores e disse querer um acordo com a China e retomar relações com Xi Jinping.

No entanto, parece que as negociações nem chegaram a entrar em curso. A China anunciou na manhã desta sexta-feira (11), pelo horário de Brasília, que vai aumentar as tarifas de importação de produtos que chegam dos Estados Unidos de 84% para 125%.

Essa nova taxação foi mais uma reposta às medidas impostas por Donald Trump. Na quinta-feira (10), os EUA explicaram que as tarifas impostas ao país asiático somam 145%.

A Capital Economics estima que a tarifa de 145% pode reduzir o PIB global em até 1% nos próximos dois anos.

A China sofreria o maior impacto, com queda de 1,2% no PIB. Canadá e México também sentiriam os efeitos, pela dependência da economia norte-americana.

Já União Europeia, Índia e Japão enfrentariam impactos moderados. O Reino Unido, por sua vez, praticamente não seria afetado.

Para o BTG Pactual, o impasse pressiona os preços das commodities, o que prejudica exportadores da América Latina, como o Brasil.

Além disso, o banco de investimentos alerta que a incerteza pode afugentar investimentos no Brasil, pois empresas buscarão mercados com moedas mais fortes e estáveis.

Na tentativa de conter os temores, Peter Navarro afirmou que Índia, Austrália e Reino Unido já negociam com os EUA e que acordos sairão em breve.

UE busca acordo, mas alerta para retaliação

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a União Europeia (UE) busca um acordo equilibrado com os EUA, mas está pronta para escalar a guerra comercial se necessário.

Entre as contramedidas estudadas, a UE considera taxar receitas de publicidade digital, o que afetaria gigantes como Meta, Google e Facebook.

Trump, por sua vez, elogiou a UE por recuar em retaliações, e citou o exemplo da China, que enfrentou tarifa norte-americana de 145% em seus produtos.

A dirigente reforçou que vai negociar com a União Europeia como bloco, e descartou acordos bilaterais com países membros.

Enquanto isso, a China tenta se aproximar da Europa, e usou a relação como ferramenta diplomática em meio ao impasse com os EUA.