A sigla ESG tem dominado as discussões no mundo corporativo nos últimos anos. As empresas precisam se adequar a essas políticas para se manterem competitivas no mercado, embora muitas pessoas ainda não compreendam seu significado e importância. ESG significa Environmental, Social e Governance — em português, Ambiental, Social e Governança — e representa um conjunto de critérios utilizados por empresas e investidores para avaliar práticas sustentáveis, éticas e responsáveis nos negócios.
O ESG se consolidou como uma resposta às demandas globais por ações contra as mudanças climáticas, redução de desigualdades e maior transparência nas operações empresariais. No Brasil, sua adoção cresceu principalmente devido à pressão de investidores internacionais e à maior conscientização dos consumidores. O conceito se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que estabelecem 17 metas globais para combater a pobreza e proteger o planeta até 2030.
O termo ESG surgiu em 2005, quando foi apresentado em um relatório da ONU chamado “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”). Suas raízes, no entanto, são anteriores: o Relatório Brundtland, da década de 1980, já abordava o conceito de “desenvolvimento sustentável”, enquanto nos anos 2000, a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) estabeleceu as bases para as empresas ampliarem sua contribuição com a sociedade.
Pilares do ESG
O conceito de ESG é estruturado em três pilares fundamentais, cada um deles representando uma dimensão essencial das práticas empresariais responsáveis. Estes pilares são representados pelas letras da sigla e formam a base para avaliar o compromisso das organizações com a sustentabilidade, responsabilidade social e boas práticas de gestão:
Environmental (Ambiental)
O pilar ambiental se concentra em práticas que reduzem o impacto das empresas no meio ambiente. Isso inclui a gestão de emissões de gases poluentes, o uso de energias renováveis (como solar e eólica) e projetos de reciclagem.
No Brasil, empresas como a Natura já se destacam por metas ousadas, como ser carbono neutro até 2030.
Social (Social)
Aqui, o foco está nas pessoas: funcionários, comunidades e sociedade como um todo. Políticas de diversidade (como inclusão de mulheres em cargos de liderança), programas de capacitação para jovens de baixa renda e respeito aos direitos trabalhistas são exemplos.
Neste pilar, a Magalu é um dos destaques, com investimentos em projetos educacionais em áreas carentes.
Governance (Governança)
Governança refere-se à ética e à transparência na gestão das empresas. Combate à corrupção, canais de denúncia e participação de acionistas nas decisões são práticas essenciais.
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Como implementar ESG na prática
O primeiro passo é entender onde a empresa está. Ferramentas como o GHG Protocol ajudam a calcular a pegada de carbono. Em seguida, é essencial estabelecer metas realistas — por exemplo, reduzir 20% do uso de água em cinco anos.
Treinar colaboradores e envolver a alta liderança são ações-chave. Parcerias com ONGs, como o Instituto Ethos, também agregam credibilidade. Por fim, a transparência é vital: relatórios anuais de sustentabilidade (como os da Ambev) mostram o progresso de forma clara.
Por que o ESG é importante?
O ESG se transformou em um elemento importante para o sucesso empresarial a longo prazo. As empresas que adotam práticas ESG reduzem riscos operacionais, melhoram sua reputação, atraem mais investidores e se tornam mais competitivas no mercado.
Além disso, organizações que seguem diretrizes ESG têm mais facilidade para obter financiamentos e apresentam melhor desempenho financeiro ao longo do tempo.
Porém, as políticas ESG não se limitam somente ao lucro das empresas. Para a sociedade, os benefícios são ainda mais amplos.
Empresas com práticas ESG sólidas geram empregos de qualidade, promovem a diversidade no ambiente de trabalho e investem em projetos sociais que beneficiam comunidades locais.
O impacto positivo se estende à educação, saúde e redução das desigualdades sociais, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável.
Já em relação ao meio ambiente e ao planeta, as práticas ESG contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa, conservação de recursos naturais e proteção da biodiversidade.
As empresas que adotam critérios ambientais rigorosos ajudam a combater as mudanças climáticas, preservar ecossistemas e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.