
Um impasse entre a Petrobras (PETR3)(PETR4) e a Gerdau (GGBR4) provocou um atraso no primeiro desmantelamento de uma plataforma de petróleo realizado no Brasil, de acordo com informações da Reuters. A disputa, que envolve a responsabilidade pela remoção de resíduos oleosos e diesel da plataforma P-32, adiou os trabalhos por pelo menos um ano.
Após a notícia, as ações da Gerdau (GGBR4) recuaram 0,92% a R$ 15,01 por volta das 12:44 (horário de Brasília). As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) também registravam queda de 0,85%, cotadas a R$ 33,72 e as preferenciais (PETR4) recuaram 0,98%, a R$ 31,44.
Disputa Petrobras e Gerdau
A Petrobras vendeu a plataforma, de aproximadamente 45 mil toneladas, à Gerdau em 2023. O Estaleiro Rio Grande, da Ecovix, no Rio Grande do Sul, executaria o desmonte da unidade. O plano inicial previa a conclusão do desmantelamento em até 12 meses após a chegada da embarcação ao estaleiro, em dezembro do ano passado.
No entanto, a descoberta de 30 milhões de litros de água oleosa e 270 mil litros de óleo diesel marítimo, já com o navio ancorado no estaleiro, interrompeu os trabalhos. A paralisação ocorreu enquanto Petrobras e Gerdau debatiam sobre quem arcaria com os custos da limpeza da embarcação.
De acordo com fontes próximas à operação e representantes sindicais, o trabalho só foi retomado em março, com a retirada do óleo diesel concluída. A limpeza da água oleosa continua pendente e uma empresa especializada será contratada até maio para concluir o serviço.
Impactos nos valores e cronograma
O custo acumulado da estadia da P-32 no estaleiro já superou os R$ 30 milhões previstos originalmente no contrato entre Gerdau e Ecovix. As empresas ainda não chegaram a um acordo sobre quem será responsável pelas despesas extras.
De acordo com uma fonte da Petrobras, a companhia pode acabar contribuindo financeiramente, mas discorda dos valores solicitados pela Gerdau.