
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na segunda-feira (14), o registro da primeira vacina contra a febre Chikungunya no Brasil. Desenvolvido em parceria entre o laboratório Valneva e o Instituto Butantan, a vacina poderá ser distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ministério da Saúde encaminhará o processo à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que avaliará se poderá disponibilizar o imunizante gratuitamente à população por meio da rede pública.
Além disso, agências regulatórias internacionais, como a FDA (Estados Unidos) e a EMA (Agência Europeia de Medicamentos), já haviam aprovado a vacina da Valneva.
Vacina contra a Chikungunya
O imunizante aprovado é uma vacina contra a Chikungunya recombinante atenuada, produzida com vírus vivos enfraquecidos. Essa tecnologia permite que o organismo reconheça e combata o vírus, sem causar a doença. Além disso, a vacina é aplicada em dose única, o que facilita sua distribuição em campanhas de imunização.
O estudo autoriza a aplicação para pessoas a partir de 18 anos de idade. No entanto, há contraindicações para gestantes, imunodeficientes e imunossuprimidos.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a Chikungunya causa sintomas como febre alta, dores articulares e fadiga. Além disso, a doença pode provocar sequelas, como fadiga crônica, inchaço e alopécia.
Distribuição no SUS
A inclusão da vacina contra Chikungunya no SUS depende da análise técnica da Conitec. Se aprovar a vacina, o SUS poderá incorporá-la ao calendário nacional de imunização.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a liberação do imunizante reforça a importância das instituições públicas no avanço da saúde nacional. “Toda vez que surge a notícia de uma nova vacina registrada, é uma boa notícia para a saúde pública — ainda mais quando envolve duas instituições fundamentais do SUS”, destacou o ministro.
“Vacinar é sempre defender a vida. Garantir a vacinação é o primeiro passo para salvar vidas em nosso país”, destacou Padilha.