A Vale (VALE3) divulgou nesta terça-feira (15) seu relatório de produção referente ao primeiro trimestre de 2025. A produção de minério de ferro totalizou 67,664 milhões de toneladas métricas (MT), queda de 4,50% em relação ao mesmo período de 2024 e retração de 20,70% na comparação trimestral.
O resultado negativo, antecipado pelos investidores — que derrubaram as ações da mineradora em 1,2%, para R$ 53,70 — foi atribuído, principalmente, às intensas chuvas que afetaram as operações do Sistema Norte, especialmente em Serra Norte, onde também houve restrições de licenciamento já previstas.
Apesar disso, o complexo S11D atingiu a maior produção registrada para um primeiro trimestre, e amenizou parcialmente os impactos negativos.
No Sistema Sudeste, a produção recuou 1,2 MT devido a uma manutenção corretiva de quarenta e nove dias na planta de Cauê, que afetou a produção em Itabira. Houve compensações por melhorias em Fazendão e maiores compras de terceiros.
Já o Sistema Sul apresentou redução de 1,1 MT, reflexo de uma estratégia da companhia de priorizar produtos com maior margem de contribuição, alinhada às condições atuais do mercado.
A produção de pelotas somou 7,18 MT, quedas de 15,2% na comparação anual e de 21,6% frente ao trimestre anterior.
Vendas de Vale (VALE3) avançam com apoio de estoques anteriores
Apesar da queda na produção, as vendas totais de minério de ferro cresceram 3,6% no comparativo anual, a 66,14 MT. No entanto, houve retração de 18,5% em relação ao último trimestre de 2024.
As vendas de finos totalizaram 56,762 Mt, com alta de 8% ano a ano e recuo de 18,50% frente ao trimestre anterior. Já as vendas de pelotas foram de 7,493 Mt, avanço de 18,8% e 25,6%, respectivamente.
Segundo a Vale, o aumento nas vendas foi sustentado pela liberação de estoques acumulados em trimestres anteriores, utilizados para mitigar as restrições de embarque no Sistema Norte decorrentes das chuvas.
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Queda nos preços do minério
No período, os preços médios dos finos de minério de ferro recuaram 9,8% em base anual, para US$ 90,80 por tonelada, e 2,4% na comparação trimestral.
As pelotas, por sua vez, registraram queda de 18,10% em base anual, a US$ 140,80 por tonelada, com leve retração de 1,50% em relação ao trimestre anterior.
“Dadas as condições atuais de mercado, a Vale tem priorizado ofertar produtos de teor médio, como nossos produtos blendados (BRBF) e produtos concentrados na China (PFC1), visando maximizar a geração de valor do nosso portfólio”, afirmou a mineradora.
Cobre e níquel: produção cresce, mas vendas trimestrais caem
A produção de cobre da Vale atingiu 90,90 mil toneladas (KT), alta de 11,00% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas com queda de 10,70% frente ao trimestre anterior.
As vendas totalizaram 81,90 KT, avanço de 6,6% na comparação anual e recuo de 17,30% frente ao quarto trimestre. O preço médio foi de US$ 8.891,00 por tonelada, alta anual de 15,70%.
A produção de níquel aumentou 11,10% ano a ano, para 43,90 KT, mas recuou 3,50% na base trimestral. As vendas somaram 38,90 KT, avanço de 17,50% em base anual e retração de 17,4% frente ao trimestre anterior.
O preço médio foi de US$ 16.106/T, queda de 4,4% no ano e de 0,4% no trimestre.
Ipê Investimentos
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