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No Orçamento de 2026, governo Lula projeta superávit, mas depende de R$ 118 bilhões extras

Os gastos com a Previdência Social devem crescer de R$ 1,015 trilhão (8% do PIB) para R$ 1,130 trilhão (8,2%)

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, com meta de superávit primário no Orçamento em R$ 38,2 bilhões (0,25% do Produto Interno Bruto). Para alcançar esse objetivo, serão necessárias receitas extras de R$ 118 bilhões, além da exclusão de R$ 55,0 bilhões em precatórios do cálculo da meta fiscal.

Crescimento dos gastos obrigatórios

Os gastos com a Previdência Social devem crescer de R$ 1,015 trilhão (8% do PIB) para R$ 1,130 trilhão (8,2%).

O salário mínimo projetado para 2026 foi de R$ 1.630. O governo federal também prevê R$ 52,90 bilhões em emendas parlamentares, acima dos R$ 50,4 bilhões deste ano.

Risco de apagão no Orçamento? Precatórios causam apreensão

Em 2027, a retirada dos precatórios do teto fiscal deixa de valer, o que pode comprometer drasticamente as despesas discricionárias do governo, que cairiam de R$ 208,30 bilhões para apenas R$ 122,2 bilhões.

Deste valor, R$ 56,50 bilhões já estariam reservados para emendas, e sobram apenas R$ 65,70 bilhões para execução de políticas públicas.

Endividamento segue alto

A dívida pública deve fechar 2025 em 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e subir para 81,8% em 2026. O teto projetado fora de 84,2% em 2028, com queda gradual apenas a partir de 2035.