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IBOVESPA HOJE - Juros do BCE e seguro-desemprego nos EUA são destaques, com feriado prolongado no radar

Principal índice acionário da B3 inicia o dia em queda, mas se mantém acima de 128 mil pontos

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Confira o que afetou o Ibovespa hoje
Ibovespa atinge novo recorde histórico, impulsionado por commodities e alta da Petrobras. | Reprodução

ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • – Fechamento: Ibovespa: +1,04%, aos 129.650,03 pontos.
  • – 10:09: Ibovespa: -0,05%, aos 128.255,52 pontos.

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira (16), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em queda de 0,72%, aos 128.316,89 pontos.

Brasil

Nesta quinta-feira (17), o mercado financeiro local lida com a agenda de indicadores e eventos esvaziada.

Conta de luz gratuita

O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD-MG), anunciou a proposta de reforma o setor elétrico, inclusive nova tarifa social com gratuidade para consumo de até 80 kWh/mês.

A tarifa social atual oferece desconto de até 65% para famílias de baixa renda com consumo entre 30,0 e 221,0 kWh/mês, conforme a faixa usada.

Com a reforma, 17.000.000 de famílias serão beneficiadas e 4,5 milhões terão conta de luz totalmente gratuita, segundo o Ministério de Minas e Energia.

O setor elétrico vai arcar com o custo adicional de R$ 3,6 bilhões por ano, repassado aos consumidores, com aumento médio de 0,90% na tarifa.

Caso a proposta entrasse em vigor nesta quinta-feira, 17 de abril, o impacto seria de 1,4% na conta de luz, mas o ministro acredita em diluição do efeito no longo prazo.

Silveira quer enviar a proposta ao Congresso Nacional como medida provisória (MP) para garantir aplicação imediata das mudanças no setor.

Ele minimizou atrito com Fernando Haddad (PT-SP), ministro da Fazenda, sobre o financiamento da tarifa social, e atribuiu o mal-entendido a uma falha de comunicação com a Pasta.

A reforma prevê acesso ao mercado livre de energia para todos os consumidores a partir de 2028, por meio da “portabilidade da conta de luz”.

Silveira disse ver um “ambiente favorável” para a redução dos combustíveis, e citou a queda recente no preço do petróleo.

Isenção do Imposto de Renda

Fernando Haddad disse que a reforma do Imposto de Renda (IR) deve começar a ser debatida no Congresso Nacional após o feriado prolongado de Páscoa nesta semana.

O ministro quer aprovar o projeto ainda em 2024, com validade a partir de 2026, mas afirmou que a equipe econômica estaria aberta a sugestões.

Haddad criticou o projeto do Progressistas (PP), que reduz a tributação dos super ricos, e defendeu a inclusão de uma alíquota mínima para quem hoje não paga imposto.

Sobre crédito consignado com garantia do Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço (FGTS), Haddad disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia alternativas para não-CLTs e citou um projeto pronto no Senado Federal.

O projeto, já aprovado na Câmara dos Deputados, deve ampliar o acesso ao crédito para informais e empreendedores, segundo o ministro.

Haddad comentou críticas ao Orçamento de 2026, considerado irrealista, e disse que o governo vai fazer ajustes conforme o avanço das etapas.

Ele afirmou que a Fazenda ainda não discute o risco de faltar R$ 10,90 bilhões para Saúde e Educação, apontado nas projeções para 2027.

EUA

Nesta quinta-feira (17), o mercado norte-americano observa o volume de pedidos de auxílio-desemprego na semana.

Além disso, investidores observam o discurso do dirigente do Federal Reserve (FED), Michael Barr.

Juros ficou para depois

Jerome Powell afirmou, na última quarta-feira (16), que o FED vai esperar antes de agir, o que frustrou investidores e provocou forte queda nas ações em Wall Street.

Ele disse que ainda há muitas incertezas sobre os efeitos das tensões comerciais no emprego e na inflação, e que o Federal Reserve precisa de mais clareza.

As bolsas, já pressionadas pelas restrições de Donald Trump à Nvidia, despencaram, enquanto investidores correram para Treasuries, ouro e franco suíço.

Executivos de Nova York criticaram a postura de Powell, e disseram que ele “jogou as ações debaixo do ônibus” e “deixou investidores desamparados”.

No Clube Econômico de Chicago, Powell reforçou que o FED quer evitar que tarifas provoquem inflação persistente e prevê mais volatilidade nos mercados.

Embora muitos esperassem que o FED priorizasse o emprego, Powell destacou que controlar a inflação seria essencial para manter um mercado de trabalho saudável.

Susan Collins, do FED de Boston, chegou a sinalizar apoio aos mercados se necessário, mas Powell indicou que esse momento ainda não chegou.

Também pesou no mercado o corte da Organização Mundial do Comércio (OMC) na previsão para o comércio global em 2025, que agora deve cair 0,2% devido às novas tarifas.

Tarifas sobre a China

A cautela sinalizada por Powell aconteceu no mesmo dia em que o governo Trump confirmou que a tarifa básica sobre importações chinesas permanece em 145%, apesar de um folheto da Casa Branca ter citado até 245%.

O valor de 245% inclui taxas anteriores sobre produtos específicos, como veículos elétricos, que já sofriam tributação de 100% antes do novo mandato.

China x EUA

O mau desempenho das fabricantes de chips e os comentários de Powell abafaram qualquer efeito da sinalização da China de negociar com os EUA.

Pequim estabeleceu condições para o diálogo, como respeito mútuo e o fim de declarações depreciativas, como a de JD Vance, vice-presidente dos EUA, que chamou os chineses de “camponeses”.

Outras exigências incluem compromisso dos EUA com a não interferência em Taiwan, indicação de negociador oficial e fim de políticas que limitem a modernização chinesa.

Os EUA intensificaram controles de exportação para conter o avanço tecnológico da China, e Trump restringiu a venda do chip H20 da Nvidia ao país.

Segundo a economistas, ficou mais claro o que a China quer, e agora os EUA precisam decidir se atenderão às demandas.

Trump também impôs tarifas de 145% aos produtos chineses, e fortaleceu o apoio interno a Xi Jinping, com a redução de um incentivo para um diálogo direto com o mandatário norte-americano.

Donald Trump pode retirar grandes empresas chinesas, como Alibaba e Baidu, das bolsas americanas, de acordo com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent: “Tudo está na mesa”.

O Goldman Sachs classificou a exclusão como “cenário extremo” e estima que investidores americanos teriam que liquidar até US$ 800 bilhões em ações chinesas.

Outras chinesas amplamente negociadas em Nova York incluem PDD Holdings (dona da Temu), NetEase, Li Auto e Yum China.

A Intel caiu 0,62% no after hours após informar clientes chineses que vai precisar de licença para vender alguns processadores de IA.

A Alcoa reportou impacto de US$ 20 milhões no 1º trimestre com tarifas sobre alumínio canadense e espera prejuízo de até US$ 90 milhões no 2º trimestre.

Apesar disso, a Alcoa apresentou um lucro líquido de US$ 548 milhões e receita de US$ 3,370 bilhões, alta de 29,6%, mas suas ações caíram 0,68% no pregão noturno.

Europa

Zona do Euro – Nesta quinta-feira (17), foram informados os novos juros do Banco Central Europeu (BCE) (às 9:15).