
Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos (EUA) caíram para 215 mil na semana finalizada em 12 de abril, conforme divulgou nesta quinta-feira (17) o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Esse número ficou abaixo da expectativa de 225 mil apontada por analistas.
O número representa uma desaceleração frente à leitura revisada da semana anterior, que passou de 223 mil para 224 mil.
A leitura mais recente reforça a percepção de que o mercado de trabalho norte-americano segue aquecido, apesar das pressões inflacionárias persistentes e da política monetária restritiva do Federal Reserve (Fed).
Recentemente, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que as políticas comerciais de Donald Trump, especialmente as tarifas, representam mudanças sem precedentes na história moderna, colocando o banco central em território desconhecido.
Segundo ele, o nível das tarifas é maior do que o previsto e a incerteza gerada pode causar danos econômicos duradouros, como crescimento mais fraco, desemprego mais alto e inflação elevada simultaneamente.
Powell alertou que o Fed pode enfrentar um cenário desafiador em que seus dois principais objetivos — controlar a inflação e manter o pleno emprego — entrem em conflito.
Detalhe dos números do seguro-desemprego nos EUA
A média móvel de quatro semanas — indicador considerado mais estável para avaliar tendências — também caiu, atingindo 220.750 pedidos, uma redução de 2.500 em relação ao período anterior.
No entanto, nem todos os sinais apontam para uma recuperação plena e sem desafios. Os pedidos continuados de seguro-desemprego nos EUA, que refletem o número de pessoas que permanecem recebendo o benefício após a primeira semana, chegaram a 1,885 milhão na semana encerrada em 5 de abril, um aumento em relação à leitura anterior revisada.
A média móvel desses pedidos também subiu levemente, alcançando 1,867,250 milhão.