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IBOVESPA HOJE - Usiminas (USIM5), Gabriel Galípolo em Washington e seguro-desemprego nos EUA são destaques

Principal índice acionário da B3 inicia o dia em alta de 0,5% e se aproxima dos 133.000 pontos

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ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • – 10:11: Ibovespa: +0,58%, aos 132.987,79 pontos.

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira (23), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em alta de 1,34%, aos 132.216,07 pontos.

Brasil

Nesta quinta-feira (24), o mercado financeiro local lida com uma agenda de indicadores esvaziada.

Entre os eventos, investidores monitoram o que pode sair das reuniões do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, com o G20, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com o Banco Mundial, nos EUA.

Além disso, observam o dirigente do BC, Diogo Guillen, participar de evento da XP Investimentos em Washington.

Balanços

Antes da abertura dos mercados, a Usiminas (USIM5) divulga seu balanço financeiro referente ao 1° trimestre de 2025.

Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), descartou risco de recessão no Brasil, apesar da intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Durante o evento “CNN Talks – Especial CNN Money”, na última quarta-feira (23), Haddad afirmou que o governo acompanha as tensões, mas espera que as tarifas não se mantenham por muito tempo.

Segundo ele, as tarifas prejudicam as cadeias produtivas globais e, se a disputa se agravar, os impactos serão globais, não exclusivos ao Brasil.

Além disso, Haddad vê na tensão uma chance para o Brasil ampliar exportações, e o País pode aproveitar a reconfiguração do comércio internacional.

EUA

Nesta quinta-feira (24), o mercado norte-americano observa o volume de pedidos de auxílio-desemprego na semana.

Donald Trump

As reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) continuam pautadas por incertezas sobre tarifas dos EUA, tema que gera pronunciamentos frequentes e preocupação global.

Em Wall Street, os mercados reagiram com alívio moderado ao recuo de Donald Trump, mas investidores demonstram cansaço com sua imprevisibilidade e comunicação volátil.

A notícia sobre possível redução de tarifas para a China animou momentaneamente, mas perdeu força após desmentido do secretário do Tesouro norte-americano e falta de confirmação oficial.

Trump assinou ordens executivas sobre IA e afirmou que negocia tarifas com noventa países, mas continua a emitir sinais contraditórios sobre medidas comerciais.

As idas e vindas de declarações incluem a promessa de rever tarifas à China, ameaça de elevar taxas ao Canadá e possível isenção sobre peças automotivas chinesas.

Investidores estão frustrados com a instabilidade, que tem causado oscilações intensas nos mercados e dificultado qualquer previsão sobre ativos.

Veteranos de Wall Street comparam a situação à crise de 2008 e à pandemia de COVID-19, e apontam que agora as políticas são ditadas por tuítes imprevisíveis.

Dessa forma, especialistas alertam que a incerteza minou a confiança na economia dos EUA. O movimento afeta o dólar, os títulos públicos e aumenta o risco de crise.

Trump busca acordo, mas China nega negociações

Após reunião com executivos do varejo, como Walmart e Home Depot, Trump recuou nas críticas a Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED) e sinalizou um possível acordo com a China.

Empresários alertaram que tarifas de importação podem desorganizar cadeias de suprimentos, elevar preços e deixar prateleiras vazias nas lojas nas próximas semanas.

Diante disso, o Wall Street Journal revelou que o governo considera reduzir tarifas sobre produtos chineses, com cortes entre 35% e 100%, a depender da sensibilidade do item.

A princípio, o plano, segundo a reportagem, prevê implementação gradual em cinco anos, com alíquotas mais baixas para itens não críticos à segurança nacional.

A porta-voz da Casa Branca afirmou que as tarifas foram usadas como alavanca para negociação, mas pediu paciência sobre a ausência de resposta chinesa.

Enquanto Trump ainda aguarda um telefonema de Xi Jinping, o governo chinês declarou que não existe qualquer negociação em andamento com os EUA.

Segundo Pequim, qualquer informação sobre progresso nas conversas “não tem fundamento” e somente haveria avanço se os EUA removerem todas as tarifas unilaterais.

Para analistas, Trump parece pressionado pela queda dos mercados e busca um acordo rápido, ao contrário da postura firme da China.

Livro Bege

O Livro Bege, do Federal Reserve (FED), mostrou que a incerteza sobre o uso de tarifas por Trump aumentou nas últimas semanas em todo o país.

O relatório mencionou tarifas cento e sete vezes e usou variações da palavra “incerteza” em oitenta e nove ocasiões, o que sinaliza uma forte preocupação entre empresários.

Com dados coletados até o dia 14 de abril, o documento serve de base para a próxima reunião de política monetária do Fed, marcada para o dia 7 de maio.

Os preços subiram em todos os distritos, e empresas relatam aumentos nos custos de insumos e intenção de repassar esses custos aos consumidores.

O emprego se manteve estável, mas muitas empresas decidiram adotar cautela, e, com isso, reduziram contratações enquanto aguardam mais clareza sobre o cenário econômico.

Estados contra as tarifas

Doze estados dos EUA abriram processo contra as tarifas globais impostas por Donald Trump, e alegam que o republicano contornou ilegalmente o Congresso norte-americano ao usar uma lei de emergência econômica.

A ação, movida no Tribunal de Comércio Internacional em Manhattan, acusa o presidente de governar por capricho, sem respeitar os limites de sua autoridade legal.

De acordo com os estados, que incluem Nova York, Illinois e Arizona, Trump teria alterado a ordem constitucional e causado caos na economia norte-americana.

Nesse sentido, o grupo se une à Califórnia, que já havia iniciado processos semelhantes e pede à Justiça a suspensão imediata das tarifas.