Insatisfeitos

REC Renda Imobiliária (RECT11) sobe após acréscimo em dividendos, mas cotistas mantêm pressão por mudanças

Acréscimo anunciado foi de R$ 0,04 por cota, após cotistas mobilizarem uma campanha contra o modelo de gestão atual do fundo

REC Renda Imobiliária (RECT11)
Reprodução

As cotas do fundo imobiliário REC Renda Imobiliária (RECT11) operam em alta nesta segunda-feira (28), após a gestão anunciar um acréscimo no pagamento de dividendos mensais. Por volta das 11:50, o fundo subia 3,15%, cotado a R$ 32,86.

O acréscimo anunciado foi de R$ 0,04 por cota, após cotistas mobilizarem uma campanha contra o modelo de gestão atual do fundo, como adiantou à SpaceMoney.

A campanha “Queremos mudança no RECT11”, liderada pelo cotista Frederico Arnoldi, defende a alteração da base de cálculo das taxas de consultoria — atualmente atreladas ao valor patrimonial (VP) das cotas — para o valor de mercado (VM).

Segundo o investidor do fundo, a mudança poderia reduzir em 65% o custo operacional do FII e aumentar os rendimentos em até 17%, o equivalente a R$ 0,05 a mais por cota.

Diante disso, a administração do fundão decidiu reduzir em 50% sua taxa de remuneração pelo período de um ano.

Na prática, a manobra libera recursos para os cotistas no curto prazo, mas com um detalhe importante: o desconto será apenas provisório. Os valores “economizados” serão contabilizados como despesa mensal e deverão ser pagos retroativamente após o fim do prazo.

Para Arnoldi, o movimento representa uma evolução. “Essa ação destrava algum rendimento para cotistas e mostra que a gestora tem algum nível de alinhamento com seus investidores”, comenta em conversa com à SpaceMoney.

No entanto, ele destaca que a medida ainda não atinge os interesses dos cotistas e explica que a campanha segue em busca de seus objetivos.

Segundo Arnoldi, a “Queremos mudanças no RECT11” passa por três fases. Se encontrando na segunda – divulgação da campanha, e com a terceira e última, partindo em busca de medidas para mudar o regulamento do fundo.

“Se a gestora não apresentar uma proposta alinhada aos benchmarks de mercado e aos interesses dos cotistas, vamos redigir uma petição para incluir a nossa proposta de mudança no regulamento do fundo em votação na próxima assembleia. Seguiremos nessa etapa até reunir apoio suficiente ou até o prazo final de 15 de julho de 2025”, afirmou Frederico Arnoldi.