A Gafisa (GFSA3) informou, na última sexta-feira (1), que recebeu ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no qual a autarquia solicita manifestação da companhia sobre o pedido da acionista Esh Theta de interrupção do prazo de convocação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para 26 de abril.
Detentora de 9,9% do capital social da construtora, a gestora convocou outra AGE para 18 de março.
A Esh trava uma disputa societária com o investidor Nelson Tanure, também acionista da Gafisa. No mês passado, acionistas da Gafisa rejeitaram proposta da gestora que visava a destituir o conselho de administração da construtora e à proposição de ação de responsabilização contra o membros do colegiado.
Em pedido encaminhado à CVM a Esh Capital pede agora que o regulador declare a ilegalidade da AGE convocada pela Gafisa para 26 de abril e a legalidade da assembleia convocada pela gestora para 18 de março.
A Esh Capital entende que a realização da AGE em abril “teria decorrido de interesse conflitante da administração da companhia com a ordem do dia”.
A Gafisa informa que detalhará suas razões em ofício à CVM e reitera que “não reconhece a convocação da AGE [pela] Esh para o dia 18 de março, devendo esta ser desconsiderada pelos senhores acionistas”.