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Tupy (TUPY3): MWM assina MoU para expandir parceria com Primato

Contrato visa ainda o desenvolvimento de novo projeto com a empresa Granja Rancho da Lua para geração de eletricidade limpa oriunda de biogás e produção de fertilizante organomineral resultante

- Carlos Aranda via Unsplash
- Carlos Aranda via Unsplash

A Tupy (TUPY3) comunicou a assinatura de Memorandos de Entendimento (MoU) pela sua subsidiária MWM para expansão da parceria anunciada em 2023 com a cooperativa agrícola Primato e desenvolvimento de novo projeto com a empresa Granja Rancho da Lua para geração de eletricidade limpa oriunda de biogás e produção de fertilizante organomineral resultante deste processo. 

A MWM desenvolve soluções para o agronegócio brasileiro, inicialmente por meio de motores diesel.

O portfólio foi ampliado com a oferta de motores e geradores a biogás e biometano, evoluindo para soluções completas e customizadas (turn-key), desde o manejo de resíduos até a geração de biocombustíveis, energia elétrica, fertilizante organomineral e dióxido de carbono verde.

Primato

Em março passado, a companhia anunciou parceria com a cooperativa agrícola Primato para produção de combustível renovável, eletricidade, produção de fertilizante organomineral e geração de dióxido de carbono renovável, e diminuir a pegada de carbono e reduzindo custos e a dependência de produtos importados.

Esta bioplanta está localizada em Ouro Verde do Oeste (PR) e vai utilizar dejetos originados da criação de suínos.

Com o entendimento mútuo das oportunidades, a parceria foi ampliada, e passa a atender vinte e sete cooperados e as instalações da própria Primato, por compreender um plantel de aproximadamente 65.000 suínos.

Consideradas as duas fases do projeto, o volume de biometano gerado soma o equivalente ao consumo de diesel diário de trinta e três caminhões.

Se medido em eletricidade a partir de grupos geradores, corresponde a 760 MWh/ mês.

Adicionalmente, serão produzidas mais de 10.000 toneladas de fertilizante organomineral por ano com formulação adequada para as culturas da região.

Esse benefício também vai ser revertido para a cadeia de proteína animal através da soja e milho a serem utilizados em fábricas de ração, além de dióxido de carbono renovável, e reduz a pegada de carbono para as indústrias de proteína animal.

A suinocultura apresenta alto potencial de escalabilidade e agregação de novos projetos.

O rebanho brasileiro estático soma cerca de vinte e três milhões de animais, com projeções de crescimento da ordem de 23,00% até 2033, com base em dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Granja Rancho da Lua

A parceria contempla a utilização de resíduos da avicultura para geração de energia elétrica para a propriedade, localizada em Divinópolis (MG) e que conta com aproximadamente 500.000 aves de postura.

O acordo contempla, também, a comercialização para terceiros de fertilizante organomineral decorrente deste processo, com capacidade aproximada de 25.000 toneladas por ano.

No aspecto da sustentabilidade, as emissões evitadas com os três projetos de bioplantas totalizam cerca de 63.000 t/CO2 ao ano, equivalente a mais de 500.000 árvores, com reflexo direto no inventário de emissões das empresas parceiras (escopos 1 e 2) e de seus clientes (escopo 3), além da geração de empregos qualificados, diretos e indiretos.