A indicação de Ronaldo Cezar Coelho ao conselho de administração (CA) da Vibra (VBBR3) tem gerado desconforto para parte dos acionistas da companhia, apurou o jornal Valor Econômico.
O nome do investidor, que detém 8,58% de participação por meio do fundo Samambaia, foi incluído na nova chapa, que vai ser votada por acionistas em abril. Saem do colegiado Pedro Ripper e David Zilberstain, e, assim, o colegiado passa a ter sete membros.
Um acionista afirmou ao periódico que a indicação de Coelho para o board pode gerar “uma saia justa” no colegiado pelo fato de o investidor também ter participação na empresa. “Quem vai ter coragem de contestá-lo?”, afirmou a fonte ao veículo.
Segundo maior acionista, atrás apenas da Dynamo, que detém 9,95% de participação, Coelho era visto até recentemente como um investidor passivo, ao contrário da gestora do Leblon, com perfil mais ativista.
No entanto, a publicação do Valor diz que Coelho teria sido mais ativista na Light (LIGT3), que passa por uma reestruturação, mas não teria sido tão bem-sucedido com a chegada de Nelson Tanure.
Outro ponto levantado seria o fato de o investidor não ser um grande entusiasta da fusão entre Vibra e Eneva. Uma outra fonte disse ao jornal, também em condição de anonimato, que Coelho tem “muitas dúvidas” sobre a combinação dos negócios.
As conversas para a fusão deram uma esfriada, mas têm apoio de parte dos acionistas da Vibra, desde que as condições sejam mais favoráveis à distribuidora de combustíveis.
As informações são do jornal Valor Econômico.