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Abertura de mercado: Ibovespa e dólar hoje (16), com temores por recessão, política e riscos fiscais

Confira aqui os principais assuntos que movimentam os mercados financeiros em todo o mundo nesta sexta-feira (16)

- Paulo Whitaker/Reuters
- Paulo Whitaker/Reuters

Ibovespa e dólar hoje

Nesta sexta-feira (16), o Ibovespa futuro abriu em queda de 0,88%, aos 104.920 pontos, às 9:01, ao passo que o dólar futuro abriu em alta de 0,07%, cotado a R$ 5,338.

O dólar comercial (compra) abriu com valorização de 0,03%, cotado a R$ 5,317, às 9:14.

Bolsas globais agora

Ásia (encerrados)

Nikkei 225 (Japão): -1,87%

Shanghai Composite (China): -0,02%

Europa 

DAX 30 (Alemanha): -0,33%

FTSE 100 (Inglaterra): -1,24% 

CAC 40 (França): -1,02%

EUA (Por volta de 9:21, os índices futuros operavam em campo negativo, entre 0,44% e 0,93%).

Dow Jones:

S&P 500:

Nasdaq 100:

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) caía 0,42% no pré-mercado, às 9:01 desta sexta-feira (16), em NY. 

Juros futuros

  • DI (2023): -0,001 pp, a 13,658%
  • DI (2024): +0,040 pp, a 13,940%
  • DI (2025): +0,045 pp, a 13,635%
  • DI (2027): +0,085 pp, a 13,450%
  • DI (2029): +0,070 pp, a 13,390%
  • DI (2031): +0,070 pp, a 13,390%

(por volta de 9:00)

Commodities

O minério de ferro fechou em alta de 0,49% em Dalian, na China, o equivalente a 821,00 yuans por tonelada métrica (US$ 117,82).

Petróleo: Brent caía 1,82%, a US$ 79,73, enquanto o WTI cedia 1,93%, a US$ 74,64 por barril, por volta de 9:20 desta sexta-feira (16).

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentam os negócios no Brasil e no exterior nesta sexta-feira:

Brasil

Agenda 

Às 8:00 desta sexta-feira (16), o Ibre-FGV divulga o Monitor do PIB referente ao mês de outubro e dados do IPC-S semanal, que aponta uma inflação variável em 0,59% na segunda quadrissemana de dezembro. Com isso, houve acúmulo de alta de 4,53% nos últimos doze meses.

Vencimento de opções

Dia de vencimento de opções sobre ações na B3 (B3SA3).

Leilões

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta sexta-feira (16), às 10:00, na sede da B3, o Leilão de Transmissão de número 2/2022 para a construção de aproximadamente 710 quilômetros (km) de linhas de transmissão e 3.650 mega-volt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações, além da manutenção do serviço de 743 km de linhas de transmissão e de 2.200 MW em subestações conversoras. 

(InfoMoney)

Lei das Estatais

Após a repercussão negativa ao longo da semana, o Senado Federal decidiu não incluir na pauta de votação da última quinta-feira (15) o projeto que altera a Lei das Estatais.

Na prática, a manobra facilitaria indicações da classe política para cargos em empresas públicas e agências reguladoras, como a do ex-senador Aloizio Mercadante (PT) para a presidência do BNDES.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que ainda não existe consenso em torno da proposta e que, por isso, ela não seria analisada.

Pacheco também não se comprometeu a incluí-la na pauta da próxima semana. A proposta passou facilmente na Câmara, mas pode não prosperar no Senado Federal.

Pacheco afirma ter sido pego de surpresa pela aprovação do projeto que altera a Lei das Estatais, patrocinada pelo Centrão, na Câmara dos Deputados.

Da mesma forma, líderes do MDB, PSD e União Brasil dizem não ter sido consultados e senadores querem deixar a proposta para o ano que vem. A falta de diálogo gerou ruídos e piorou a relação com os deputados federais, que já não andava boa.

Senadores não gostaram de Lira ter dito, em nome das pressões sobre o governo, que o texto da PEC não havia sido acordado com a Câmara dos Deputados. Arthur Lira não apenas tinha conhecimento dos termos, como deu o seu aval para a versão final.

(Folha de S.Paulo) (Bom Dia Mercado)

PEC da Transição

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou para a próxima terça-feira (20) a votação da PEC da Transição.

O parlamentar pediu ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que convoque sessão para esta sexta-feira (16) para tratar de assuntos orçamentários e lembrou que na segunda-feira vai haver diplomação dos deputados federais eleitos, o que vai esvaziar o Parlamento.

“Fiz um apelo ao presidente Pacheco para que ele faça o favor de convocar o Congresso para amanhã já que na segunda-feira vai ser o dia das diplomações”, disse.

(Agência Brasil)

Petistas reagiram mal ao adiamento, e ameaçaram retirar o apoio à reeleição de Lira para a presidência da Casa, Mas Lula pede calma. O presidente eleito sabe que não defende apenas essa PEC, mas a sua governabilidade.

Existe a possibilidade de a PEC ser substituída por uma MP para garantir o novo Bolsa Família.

(Bom Dia Mercado)

Orçamento

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que o Congresso Nacional vai voltar a se reunir na terça-feira (20), pela manhã, para votar a pauta remanescente da sessão de quinta-feira (15), bem como a Lei Orçamentária Anual de 2023 (PLN 32/2022).

Entre os itens que devem ser analisados, segundo acordo feito em plenário com os parlamentares, estão o Projeto de Resolução que define critérios de distribuição das emendas de relator-geral do Orçamento da União, as emendas RP-9, cuja discussão foi encerrada antes do término da sessão.

(Agência Brasil)

Piso Nacional da Enfermagem

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (15) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê assistência financeira complementar da União aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e às entidades filantrópicas para o pagamento dos pisos salariais do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira.

A matéria segue para o Senado Federal.

(Agência Brasil)

Fernando Haddad

O futuro ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad, declarou durante o evento “Natal dos Catadores de Lixo”, que o presidente eleito lhe pediu para colocar o “pobre no Orçamento” e o “rico no imposto de renda”.

“Lula me fez um pedido. Ministro da Fazenda precisa ter uma missão nesse país: colocar o pobre no Orçamento e o rico no imposto de renda (IR). Essa frase resume o que ele quer”, disse o ex-prefeito de São Paulo.

(CNN)

Orçamento secreto

Na noite de quinta-feira (15), o placar estava em 5 a 4 para derrubar o mecanismo que garantiu sustentação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional ao usar as emendas de relator como moeda de troca para negociação política.

Ainda faltam os votos dos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Eles vão votar na sessão de encerramento do ano, marcada para às 10:00 de segunda-feira (19).

(UOL)

Ministérios

Em meio a resistências de setores do PT, Simone Tebet (MDB-MS) consolidou na quarta-feira (14) o apoio do seu partido para ser indicada para o Ministério do Desenvolvimento Social no governo Lula III, disse Andreia Sadi, em seu blog no g1.

Já o ex-governador e senador eleito pelo Ceará, Camilo Santana (PT), foi convidado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ser o futuro ministro da Educação em seu novo governo, que inicia-se em 1º de janeiro de 2023. A informação foi divulgada pelo jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews.

De acordo com informações de Bom Dia Mercado, o bloco parlamentar Centrão quer os ministérios da Saúde e de Cidades, além de indicações de cargos, inclusive para as estatais, após a mudança da legislação.

Esses rumores correm tão soltos em Brasília, que Lira se preocupou em desmentir as acusações de “chantagem” do deputado federal José Guimarães (PT-CE), citado para a liderança do governo Lula na Câmara dos Deputados. “Esta presidência não faz barganha”, disse.

Segundo estimativas, a Esplanada do próximo governo deve ter 35 ou 36 pastas para acomodar grande número de aliados e o PT, que reivindica os ministérios mais importantes, e cria dificuldades para que a frente ampla que apoiou Lula seja atendida.

Paulo Guedes

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, sai em férias na próxima segunda-feira (19) e não volta. Seu afastamento deve ser publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (16), informou o jornal Folha de S.Paulo.

O comando da pasta segue com Marcelo Guaranys, o número dois.

(Folha de S.Paulo)

Política monetária

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) já havia advertido que a chance de retomada do crédito subsidiado pelo BNDES (com Aloizio Mercadante) pode reduzir a potência da política monetária.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), repetiu ontem o “tom de alerta”.

“Obviamente quando os efeitos chegam às expectativas, precisamos agir", disse ele, na entrevista para comentar o RTI, e antecipou que “se voltar uma massa grande de crédito subsidiado, isso pode elevar o juro neutro”.

Economistas ouvidos pelo Broadcast calculam que, com a combinação de expansão fiscal contratada para 2023 e chance de retomada do crédito subsidiado, a taxa neutra pode caminhar a 5%, contra os 4% considerados pelo BC.

Investidores acompanham com preocupação os relatos de que núcleos do governo de transição têm debatido mudanças na TLP, criada durante o governo Michel Temer (MDB), em 2017, para adequar os juros cobrados pelo BNDES ao mercado.

A métrica substituiu a TJLP, que vigorou desde 1994 e era definida pelo governo federal, quase sempre abaixo do mercado.

Os negócios temem por um retrocesso no governo eleito, na guinada radical vista com maus olhos.

O Relatório Trimestral da Inflação (RTI) manteve a percepção de que a Selic vai ficar estável nas duas próximas reuniões do Copom (fevereiro e março) e que o início do ciclo de cortes dos juros só deve começar no terceiro trimestre do ano que vem, segundo pesquisa do Broadcast.

(Bom Dia Mercado)

Incertezas fiscais e a Selic numa encruzilhada

Ao participar ontem de evento, o economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida, disse que a incerteza sobre as regras fiscais traz o risco de a Selic ficar estacionada em 13,75% por mais tempo ou ter uma redução mais lenta.

“Se não deixar claro qual será a estratégia fiscal para obter superávit e estancar o crescimento da dívida, a Selic pode ficar estável ou cair pouco. A curva de juros de 10 anos já sinaliza Selic de 13,0%, como se nunca fosse cair.”

Almeida disse ainda que, num ambiente de menor incerteza sobre os rumos fiscais, o dólar estaria em R$ 4,80, ao invés do nível atual acima de R$ 5,30.

Ontem (15), fechou em leve alta de 0,28%, no mercado à vista, a R$ 5,3157.

(Bom Dia Mercado)

Manifestações antidemocráticas

O Superior Tribunal Militar (STM) rejeitou um pedido de habeas corpus criminal contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entendimento do ministro almirante de esquadra Cláudio Portugal Viveiros, a ação era inconstitucional.

Ele alegou ainda que o STM não tem competência para julgar autoridades da Suprema Corte do país.

(Correio Braziliense)

EUA

Às 11:45, os EUA repercutem números preliminares do Índice PMI S&P Global composto referente ao mês de dezembro.

O ruído de recessão continua na mesa, apesar de, nos EUA, Jerome Powell ter dito esta semana que o Federal Reserve (Fed) não trabalha como cenário-base com um contexto recessivo, mas com crescimento “leve” da economia no ano que vem.

(Bom Dia Mercado)

Europa

Alemanha

Investidores repercutem o Índice PMI S&P Global composto – preliminar (dezembro)

Reino Unido 

Investidores repercutem o Índice PMI S&P Global composto – preliminar (dezembro)

O presidente do BC inglês, Andrew Bailey, disse que a inflação britânica deve ter uma queda “acentuada” a partir da metade do ano que vem. 

(Bom Dia Mercado)

Rússia

A Rússia delibera sobre a trajetória de seus juros nesta manhã de sexta-feira (16).

Zona do Euro

Investidores repercutem o Índice PMI S&P Global composto – preliminar (dezembro) e digerem dados da balança comercial de outubro e o índice de preços ao consumidor referente ao mês de novembro.

Na Zona do Euro, o BCE reforçou sua postura hawkish, subiu o juro para 2% e indicou que a taxa deve avançar "significativamente" para dar um jeito na inflação. Os traders aumentaram as apostas em um pico de 3% em 2023.

Para Lagarde, qualquer um que crê que a decisão de ontem do BCE representa um pivô [dovish], porque o juro subiu menos de 0,75 p.p., está errado. “Não moderamos aperto, estamos prontos para um jogo longo.”

Disse ainda que o balanço de ativos vai ser reduzido de forma previsível e ordenada.

A partir de março, o portfólio de programa de compra de ativos (APP) vai cair 15 bilhões de euros ao mês em média até o segundo trimestre de 2023.

Ásia

China

Na quinta-feira (15), o Departamento de Comércio dos EUA impôs restrições às empresas chinesas por causa de seus esforços para usar tecnologias avançadas para ajudar a modernizar as forças armadas da China.

A medida ocorre apenas dois meses depois que o governo Joe Biden restringiu o acesso da China a semicondutores avançados.

(InfoMoney)

Hong Kong

Ao fim do dia, Hong Kong divulga sua leitura da taxa de desemprego para o período de setembro a novembro.

(InfoMoney)

Japão

O PMI – S&P Global composto subiu de 48,9 (novembro) para 50,0 em dezembro, segundo levantamento preliminar. O resultado indica que a atividade saiu da contração vista em novembro e se estagnou neste mês.

Apenas o PMI de serviços do Japão subiu de 50,3 em novembro para 51,7 em dezembro, e sugeriu expansão mais forte.

O PMI industrial, por outro lado, recuou de 49 para 48,8 no mesmo período, em sinal de maior contração.

(Bom Dia Mercado)

América do Sul

Argentina

A inflação na Argentina, em novembro, avançou 4,90%, em um sinal de desaceleração em relação a expansão de 6,30% apurada no mês anterior. 

A agência oficial de estatísticas do país informou que a inflação acumulada em doze meses até o mês passado atingiu 92,4%.

Colômbia

O Banco Central da Colômbia anuncia sua decisão de política monetária, às 15:00.