Quer saber quais são as principais notícias que podem influenciar o mercado hoje? Um balanço das principais bolsas mundiais? Como o dólar fechou? Confira:
Balanço das bolsas
O Ibovespa afundou quase 4% nesta quarta-feira (8), marcando a maior queda diária em seis meses, refletindo preocupações com a situação econômica do país diante do aumento da tensão política-institucional, após declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante manifestações no 7 de setembro.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 3,75%, a 113.451,50 pontos, mínima de fechamento desde 24 de março e maior perda percentual diária desde 8 de março, segundo dados preliminares. O volume financeiro no pregão somava R$ 33,4 bilhões.
As bolsas de Nova York fecharam em queda em meio às incertezas sobre o crescimento econômico dos Estados Unidos. Divulgado hoje, o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mostrou uma desaceleração da retomada no país, após o relatório de empregos de agosto ter registrado geração de postos abaixo do esperado por analistas.
Na Europa, os principais índices fecharam em baixa. O pregão foi marcado pela expectativa de investidores sobre a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que será divulgada nesta quinta-feira. Também houve cautela devido às incertezas em relação à economia global, após sinais de desaceleração do crescimento nos Estados Unidos e na China.
Já na Ásia, as bolsas fecharam a quarta-feira sem direção única, repetindo o caminho dos índices americanos na terça-feira em meio a dúvidas sobre os impactos da pandemia de Covid-19 na perspectiva global.
Dólar
O dólar fechou em forte alta contra o real nesta quarta-feira (8) diante do aumento das tensões político-institucionais, após ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem, em manifestações durante a celebração do Dia da Independência, aumentaram a percepção de risco e castigaram os ativos domésticos.
O real apresentou o pior desempenho entre divisas emergentes, em um claro reflexo de aumento dos prêmios de risco por causa das incertezas locais.
A moeda à vista teve valorização de 2,89%, a R$ 5,3261 (máxima do dia) – o maior valor desde 23 de agosto (R$ 5,3820) e a maior variação porcentual de fechamento desde 30 de julho (R$ 2,57%).
Veja os assuntos mais importantes:
Crise política
Após as manifestações de 7 de setembro, a crise entre os poderes foi agravada após o presidente Jair Bolsonaro atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçar não acatar mais decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes.
Nesta quarta, o presidente do STF, Luiz Fux, respondeu às declarações de Bolsonaro e disse que o não cumprimento de tais ordens configura crime de responsabilidade. O ministro ainda ressaltou que a corte não vai tolerar ameaças à autoridade de suas decisões.
A tensão trouxe consequências imediatas para a Ibovespa, que encerrou a sessão desta quarta-feira (8) com a queda de 3,78%.
Inflação no Brasil
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará nesta quinta-feira o IPCA, inflação oficial do país, do mês de agosto.
O dado afeta a decisão sobre a taxa básica de juros, o que deve influenciar os investidores em suas decisões de investimentos.
Produção agrícola
O IBGE também publicará os dados de produção agrícola do país do mês de agosto. A pesquisa fornece dados como área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento dos produtos.
Juros da zona do euro
O Banco Central Europeu (BCE) divulga hoje a taxa de juros do bloco dos países que formam a zona do euro. Atualmente, essa taxa está perto de zero.
Desemprego nos Estados Unidos
Como acontece toda quinta-feira, será divulgado o número de novos pedidos de seguro-desemprego feitos na última semana no país.
O dado revela o aquecimento da economia norte-americana, o que afeta as expectativas dos investidores e pode movimentar a bolsa brasileira.
*Com informações da Investing.com, Reuters, Estadão e UOL