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Ibovespa abre em alta de 0,4%, após decisões de Fed e Copom; dólar recua 0,1%, a R$ 5,29

Veja os principais fatores que influenciam os mercados nesta quinta-feira (23)

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, iniciou o pregão em alta nesta quinta-feira (23), após as decisões monetárias de Fed e Copom e com a crise da gigante imobiliária chinesa Evergrande no radar.

Por volta das 10h25, os ganhos eram de 0,39%, aos 112.718 pontos.

O dólar tinha desvalorização de 0,12%, cotado a R$ 5,297.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados) 
Nikkei 225 (Jap): 0,67% ↓                                                                                                          
Shanghai Composite (Chi): 0,38% ↑                                                                                                                                                                                                                                  
Europa 
DAX 30 (Ale): 0,60% ↑                                                                                                                                                                                  
FTSE 100 (Ing): 0,05% ↑                                                                                                             
CAC 40 (Fra): 0,63% ↑                                                                      

Nos EUA, os índices futuros operam em campo positivo entre 0,18% e 0,53%

Fed

O Federal Reserve decidiu não iniciar imediatamente a redução do tamanho do pacote de estímulos monetários, que corresponde a compras mensais de títulos públicos e hipotecários em US$ 120 bilhões.

Entretanto, a autoridade monetária norte-americana sinalizou que o tapering – como se chama a redução dos estímulos – deve iniciar em breve, manejado pela informação dos dados do mercado de trabalho de setembro para iniciar ainda este ano.

O novo 'gráfico de pontos' (dot-plot) do Fed mostra que metade dos formuladores de políticas no conselho agora apoia um aumento nas taxas de juros no próximo ano, um contraste marcante do início deste ano, quando a maioria não via aumentos até 2024.

Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou a sinalização da reunião anterior e elevou a taxa Selic de 5,25% para 6,25% nesta quarta-feira (22), além de indicar novo aumento de mesma magnitude na reunião seguinte.

Para Leonardo Pellandini, estrategista de ações da Julius Baer, a alta vem na esteira da alta do IPCA acima da expectativa em julho e agosto.

“Isso pressionou o Banco Central a continuar com ritmo agressivo de contração monetária para ancorar as expectativas”, diz. Pellandini prevê que a taxa Selic atinja 8,25% no fim do ano.

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, afirma que a autoridade monetária se ateve ao guide da reunião anterior, mas com “dificuldade para justificar uma manutenção no ritmo de elevação da Selic”.

Sanchez projetava uma alta de 125 pontos-base, devido à desancoragem da expectativa de inflação para 2022 no Boletim Focus (4,1%) e confirmada no cenário-base do Copom (3,7%) no comunicado, ambos acima do centro da meta de 3,5%. 

Por prever mais três altas de mesma magnitude, Sanchez estima o fim do ciclo na reunião de janeiro, a 9,25%.

Já a Itaú Asset prevê o fim do ciclo em 8,5%, mas passível de modificação de acordo com os comentários vindouros dos diretores do Copom. “Notamos que existe espaço para alteração no ritmo de aumento, mas acreditamos que ainda é cenário base a manutenção do passo de 100bps”.

Evergrande no radar

O governo chinês recomendou a Evergrande, incorporadora chinesa com dívidas acima de US$ 300 bilhões, a evitar calote em títulos denominados em dólar, segundo a Bloomberg Law.

O mercado financeiro global acompanha se a incorporadora vai honrar um título denominado em dólar que vence nesta quinta-feira (23).

Possível fim de impasses: precatórios, reforma tributária e Auxílio Brasil

A jornalista Adriana Fernandes, em sua coluna na edição de hoje do jornal O Estado de S.Paulo, informa que o ministro da Economia Paulo Guedes amarrou a aprovação da PEC dos precatórios com votação da reforma do Imposto de Renda (IR) no Senado.

Segundo as informações, mesmo que esta última seja modificada, como em relação à criação do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), embora seja importante ter no radar que o próprio Guedes já demonstrou apoio à proposta tributária do Senado e recuou, segundo a jornalista.

O objetivo da amarração foi ter respaldo necessário na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para a aprovação do novo Bolsa Família, rebatizado para Auxílio Brasil.

Segundo o Valor Econômico, a saída dos precatórios do teto de gastos deve liberar R$ 30,0 bilhões em novas despesas para o ano que vem, sendo que R$ 27,0 bilhões devem ser direcionados para turbinar o programa social.

Marco das Ferrovias

Agendada inicialmente para essa semana, o Senado adiou para a próxima quarta-feira (29) a votação do Marco Legal das Ferrovias.

O projeto deve passar por mudanças após sugestões dos parlamentares.

Reforma Administrativa

O texto da PEC da Reforma Administrativa vai ser discutido nesta quinta-feira (23) pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

CPI da Pandemia

Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19 se reúnem para ouvir o depoimento de Danilo Berndt Trento, sócio da Primarcial Holding e Participações Ltda.

Ele deve esclarecer sobre seu envolvimento com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos e a Global Gestão em Saúde, envolvidas na negociação de venda da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde. 

Informe corporativo

Petrobras (SA:PETR4) – A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou à Petrobras regularizar a contratação de escritórios de advocacia no exterior. A ordem é para a estatal começar a exigir das bancas a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Hapvida (SA:HAPV3): O vice-presidente comercial e de relacionamento da Hapvida Candido Pinheiro Koren de Lima Junior renunciou ao cargo. Seu substituto será Lício Tavares Angelo Cintra, membro do conselho da companhia.

Na véspera, as ações da empresa de planos de saúde tiveram queda em meio a ameaças de senadores em sessão da CPI da Covid para convocar executivos da companhia para depor.

Klabin (SA:KLBN11) – O presidente do conselho de administração da Klabin, Armando Klabin, faleceu nesta quarta-feira (22) no Rio de Janeiro, aos 89 anos. Ele foi o responsável por conduzir a companhia ao ramo de embalagens.

Europa

A atividade empresarial da zona do euro cresceu no ritmo mais fraco em cinco meses em setembro, uma vez que as contenções para limitar a variante Delta do coronavírus afetaram a demanda e as restrições na cadeia de oferta levaram os custos de insumos a uma máxima em mais de duas décadas, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O PMI Composto preliminar do IHS Markit caiu para a mínima em cinco meses de 56,1 em setembro, de 59,0 em agosto.

Covid-19

O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil subiu para 21.283.567. Em 24 horas, até às 17:30 de quarta-feira (22), foram registrados 36.473 novos diagnósticos positivos. 

Já o total de pessoas que não resistiram à pandemia até o momento é de 592.316 pessoas. Foram confirmadas pelas autoridades de saúde 876 novas mortes.

Até o início da noite de quarta-feira (22), o painel de vacinação do Ministério da Saúde não possuía novas atualizações. Até ontem, o sistema marcava 224,9 milhões de doses aplicadas, sendo 142,6 milhões da 1ª dose e 82,2 milhões da 2ª dose.

Em 24 horas, foram aplicadas 1,3 milhão de doses. 

Quando considerados apenas os dados consolidados no sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI), foram aplicadas 213,3 milhões de doses, sendo 135,7 milhões da 1ª dose e 77,5 milhões da 2ª dose.   

Ainda conforme o painel de vacinação, foram distribuídas 287,9 milhões de doses, sendo entregues 265,8 milhões de doses.

Com informações de Agência Brasil, Agência CâmaraInvesting.com e Reuters.

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